
O presidente da Cooxupé defendeu que, planejamento é a chave para redução de custo não afetar a lavoura, durante o Encontro de Gestão dos Cafeicultores – Encoffee.
O presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, participou da edição 2021 do Encontro de Gestão dos Cafeicultores – Encoffee. Durante o painel “Como a redução de custo afeta a lavoura”, ele defendeu que o planejamento é a chave para não haver perdas.
“O cafeicultor deve planejar muito bem suas operações e principalmente trazer esse planejamento para dentro de sua lavoura. É o momento de usar os insumos necessários e não descuidar da lavoura”, disse.
Carlos Augusto destacou que, apesar de o produtor estar embasado tecnicamente, nunca foi tão importante utilizar os serviços de um técnico preparado. O presidente da Cooxupé também defendeu que é preciso “fugir dos modismos.”
“É hora de fazer o básico de maneira bem feita. Um cafezal bem cuidado não dá problema.”
Redução de custo
Durante o painel, que ainda teve a participação de Saulo de Carvalho Faleiros, diretor Cooperativa Cocapec, de Franca, e Gabriel Avelar Lage, da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocaccer), o alto custo dos insumos também foi destaque.
“Por isso, o planejamento dos investimentos é fundamental para garantir que haverá disponibilidade de insumos na hora certa”, disse Carlos Augusto. “Se o produtor não planejar e comprar um pouco antecipado para que os insumos e fertilizantes estejam na propriedade na hora certa, a lavoura não espera e consequentemente isso terá impacto direto na produtividade.”
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Assim, evitar o endividamento e ter atenção com a saúde financeira da produção também foram aspectos citados pelos participantes. “Temos de olhar da porteira para dentro. Ter uma eficiência absoluta. Não podemos mais ser somente produtores rurais, temos de ser empresários rurais”, disse Saulo de Carvalho Faleiros, da Cocapec.
Insumos
Outro ponto abordado foi a importância de fazer a amostragem de solo, e depois, ter um plano de adubação. Bem como fazer a análise de folhas para depois fazer a correção.
“O momento agora é de priorização dos investimentos. Tratar a lavoura de acordo com o potencial produtivo dela”, disse Carlos Augusto.
Gabriel Avelar Lage, da Expocaccer, destacou a importância da adubação de solo, que segundo ele, representa 30% do custo de produção do café.
“E os preços de fertilizantes subiram cerca de 300% neste ano. Então, como reduzir custos sem perder a produtividade? Já que a nutrição da planta é essencial? Assim, é preciso planejar, planejar e planejar.”
Economia
Para o presidente da Cooxupé, a estrutura econômica da cafeicultura é muito boa, “acompanha quase todos os cenários do agronegócio brasileiro, então são produtores capitalizados, que não têm processo de endividamento crônico.”
Porém, ele destacou que o mercado só continuará bom se o produtor não mudar o comportamento.
“O cafeicultor não pode deixar de focar no maior patrimônio que ele tem, que é a lavoura. Agora é cuidar das lavouras dentro da maior racionalidade possível, aproveitar o bom preço do café para garantir os insumos.”
Fonte: Cooxupé