Confinamento ecológico traz maior produtividade, veja!

Dentro do confinamento ecológico, o produtor vai utilizar uma série de técnicas que vão auxiliar o animal a obter o seu máximo desempenho, diz zootecnista.

Um novo conceito na terminação de animais, o confinamento ecológico, pode favorecer o pecuarista a obter resultados mais expressivos. Segundo o zootecnista Gabriel Correa Dias, esta terminologia se baseia em respeitas as cinco liberdades do bem-estar animal: nutrição, ambiental, sanitária, comportamental e psicológica.

“Na prática, dentro do confinamento ecológico, o produtor vai utilizar uma série de técnicas e ferramentas que vão auxiliar o animal a obter o seu máximo desempenho”, explica.

Entre as técnicas que o produtor pode adotar está o sombreamento mais adequado, fornecimento de insumos apropriado para a dieta, água de qualidade superior, com maior frequência de limpeza. “Tudo isso pode ser feito sem elevar o gasto do manejo, com o pecuarista atuando dentro da sua realidade, seja aumentando a área de sombra com eucalipto, ou até mesmo investir em estruturas mais simples de sombrete”, complementa.

Confinamento ecológico melhora rendimento de bovinos

Pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), da Argentina, destacam as vantagens de melhorar as práticas pecuárias que aumentam o bem-estar e a produtividade dos animais. Dentre elas estão o confinamento ecológico e o desmame precoce. 

Os sistemas pecuários que possuem disponibilidade gratuita de alimentos e água potável, locais secos e confortáveis para descanso, geram um bem-estar animal que afeta o rendimento e a qualidade do produto final. Os especialistas do INTA Concepción del Uruguay, Entre Ríos, estão convencidos disso. 

“Mais de uma década de pesquisa, análise e observação permitem-nos assegurar que a consolidação de dois modelos de produção como o confinamento ecológico e o desmame precoce têm amplas vantagens no desempenho e qualidade do produto final”, especificou Juan Sebastián Vittone, um dos pesquisadores. 

É que, para o pesquisador, “cada vez que é oferecida uma melhoria nas condições do ambiente, como a disponibilização gratuita de locais secos e limpos para descanso, além de alimentos e água frescos, melhora muito o desempenho da carne”. Nesse sentido, ele não hesitou em sublinhar a necessidade de incorporar níveis mais elevados de conforto a todo o sistema como um todo, para que os animais expressem ao máximo seu potencial produtivo. 

“No que diz respeito ao desmame de bezerros jovens, o efeito do bem-estar animal é absolutamente direto”, disse Vittone que, por sua vez, indicou que é “fundamental” evitar abusos de cães, cavalos ou golpes.

É que, segundo o veterinário, “quanto mais medo esses animais sentirem em sua primeira semana de confinamento, mais tempo levarão para aprender a comer, o que retarda e afeta seu ganho de peso e potencial de crescimento”. 

Compre Rural com informações do Canal Rural e Agrolink

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