
Levantamento mostra que carne bovina e lombo suíno lideram em teor proteico por porção, mas especialistas destacam: a escolha ideal depende do equilíbrio nutricional e da qualidade do corte
Quando o assunto é proteína no prato, muita gente logo pensa na carne bovina. Mas será que ela realmente é a campeã? Um levantamento recente mostrou que, entre as principais carnes consumidas no Brasil — boi, frango, peixe e porco —, a disputa é mais acirrada do que parece.
Segundo dados publicados pelo portal VivaBem, do UOL, a carne vermelha e o lombo suíno lideram com cerca de 35 gramas de proteína a cada 100 gramas de alimento, ficando tecnicamente empatadas. Em seguida, aparecem o frango, com 31 g, e o peixe, com 27 g por porção.
Veja o ranking de proteínas por 100 g de carne:
- Carne bovina (bife): 35 g
- Lombo suíno: 35 g
- Frango (peito grelhado): 31 g
- Peixe (como sardinha ou tilápia): 27 g
Proteína é essencial, mas não é tudo
As proteínas são fundamentais para o organismo: auxiliam na construção muscular, no transporte de oxigênio, na produção de enzimas e hormônios, além de compor estruturas como ossos, cabelos e pele. Porém, a quantidade por grama não deve ser o único critério na hora de escolher o que vai para o prato.
A nutricionista Thais Barca, ouvida pela reportagem, reforça que o ideal é buscar uma alimentação equilibrada, com diferentes fontes de proteína. “Não adianta só mirar na maior quantidade. É importante olhar para a qualidade do corte, o teor de gordura, os micronutrientes e até o modo de preparo”, explica.
Frango: quase o mesmo tanto, mas mais magro
Apesar de não ocupar o topo do ranking, o peito de frango oferece excelente custo-benefício. Tem uma quantidade expressiva de proteínas e um dos menores teores de gordura entre as carnes: cerca de 3,5 g a cada 100 g, contra até 15 g na carne bovina. Essa diferença pode resultar em até 100 calorias a menos no prato.
Além disso, o frango costuma ser mais barato, facilitando a inclusão em dietas de alto valor proteico sem pesar no bolso do consumidor.
Peixes: menos proteína, mais saúde
Os peixes, apesar de apresentarem menor teor proteico, têm grande valor nutricional. São ricos em ômega-3, uma gordura benéfica ao coração e ao cérebro, além de fornecerem vitamina D, fósforo e cálcio.
Dentre as opções, a sardinha se destaca por ser nutritiva, acessível e versátil — o que ajuda a driblar o custo elevado dos pescados em muitas regiões do país.
Carne suína: injustamente subestimada
Muita gente ainda associa a carne de porco a gordura em excesso. Mas isso não se aplica aos cortes magros, como o lombo, a bisteca e o pernil, que possuem teor proteico igual ou superior ao da carne bovina e apresentam ótima digestibilidade.
Além das proteínas, a carne suína é fonte de ferro, zinco, selênio e vitaminas do complexo B, nutrientes fundamentais para a saúde metabólica e imunológica.
A nutricionista Isabela Pimentel, da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), destaca: “Com a escolha certa de corte e preparo adequado, o porco pode ser tão saudável quanto o frango e muito mais saboroso para muitas pessoas”.

E as proteínas vegetais?
Para quem busca alternativas às proteínas animais, a soja é a campeã entre os vegetais, com aproximadamente 17 g de proteína por 100 g. Ainda assim, esse número é menos da metade das carnes líderes. Para uma boa absorção de aminoácidos essenciais, o ideal é combinar a soja com outros vegetais e cereais.
Não existe carne perfeita, existe prato equilibrado
Embora a carne bovina e o lombo suculento de porco estejam no topo da lista em quantidade de proteína, o mais importante é variar e manter o equilíbrio. A escolha ideal envolve qualidade da gordura, presença de micronutrientes e preparo saudável, além de acesso e preço.
Por isso, ao montar seu cardápio — seja para ganho de massa, emagrecimento ou apenas manter a saúde em dia — lembre-se de que diversificar fontes proteicas é sempre a melhor decisão.
Fonte: UOL VivaBem, com informações adicionais da SBAN – Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição
📌 Texto adaptado por Compre Rural
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