Com origem secular no Japão, a raça Onagadori intriga o mundo com sua aparência exótica, manejo desafiador e status de tesouro vivo. Descubra por que ela é considerada a galinha mais rara e fascinante do planeta.
Poucas raças de galinhas no mundo reúnem tanta história, beleza e mistério quanto a raça Onagadori. Com uma cauda que pode ultrapassar os 10 metros de comprimento, essa ave ornamental japonesa encanta criadores, biólogos e amantes de animais exóticos. Mais do que uma curiosidade biológica, a Onagadori é um símbolo cultural do Japão — reconhecida oficialmente como Monumento Natural Especial e protegida por lei.
Originária da região de Kochi, no sul do Japão, a raça surgiu no século XVII e foi cuidadosamente aprimorada por criadores locais, que selecionavam aves com mutações genéticas capazes de manter o crescimento contínuo das penas da cauda. O resultado? Galos que parecem carregar véus esvoaçantes por trás do corpo, numa exibição que desafia o tempo e a natureza.
A galinha com a cauda mais longa do mundo
A principal característica da Onagadori é a impressionante cauda longa dos machos, que cresce cerca de 1 metro por ano e pode alcançar até 13 metros ao longo da vida da ave. Essa façanha só é possível graças a um gene recessivo que impede a muda anual das penas, permitindo que cresçam continuamente.
É uma das poucas raças de galinhas no mundo com esse padrão genético, o que a torna extremamente rara. Enquanto a maioria das galinhas tem caudas curtas que caem e se renovam anualmente, o galo Onagadori precisa de cuidados especiais para manter sua plumagem intacta.
Cuidados exigentes e manejo quase artístico
Criar um Onagadori exige dedicação extrema. Os criadores japoneses utilizam técnicas centenárias para proteger as penas, como poleiros altos e boxes verticais que evitam o contato da cauda com o chão. As penas são limpas, hidratadas e, muitas vezes, enroladas cuidadosamente para não quebrarem.
A alimentação também precisa ser reforçada com proteínas e vitaminas específicas, já que o crescimento constante das penas demanda um esforço biológico intenso. Por conta disso, a raça é recomendada apenas para criadores experientes e comprometidos.
Onagadori no Brasil: raridade em ascensão
No Brasil, a Onagadori ainda é uma novidade. Estima-se que haja pouquíssimos criadores com exemplares puros da raça, concentrados em estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná. A maioria das aves presentes no país descende de linhagens europeias, principalmente da Alemanha e Holanda, onde a raça foi introduzida décadas atrás.
Apesar dos desafios climáticos e burocráticos, ovos férteis e pintinhos começam a circular no mercado nacional, com valores que podem chegar a R$ 2.000 por ave adulta. O interesse crescente por raças ornamentais exóticas deve impulsionar a popularidade da Onagadori nos próximos anos.
Fatos curiosos sobre a Onagadori
- Um único galo já registrou 13 metros de cauda no Japão, o maior já documentado.
- As galinhas da raça são péssimas poedeiras, com média de 25 ovos por ano.
- Fora do Japão, a raça inspirou a criação da Phoenix, com aparência semelhante, mas cauda menor.
- A Onagadori é tão rara que menos de mil exemplares puros existem no mundo atualmente.
Por que a Onagadori viraliza na internet?
A beleza da Onagadori é tão impactante que ela frequentemente vira fenômeno nas redes sociais, com vídeos e fotos viralizando no TikTok, Instagram e YouTube. Basta uma imagem de um galo com cauda de 10 metros para gerar milhões de visualizações — acompanhada de comentários que variam de incredulidade a pura admiração.
Esse apelo visual, aliado à sua raridade, torna a Onagadori uma verdadeira celebridade do mundo avícola. Mas, por trás da fama, está uma raça delicada, que precisa de preservação, respeito e criadores comprometidos.
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