Consumo de carne bovina no Brasil deve subir em 2018, dizem analistas

A expectativa de um cenário economicamente favorável em 2018 pode levar ao crescimento no consumo doméstico de carne bovina, segundo analistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e do Rabobank, em relatórios divulgados separadamente nesta semana.

O Cepea estima que pode haver um aumento de 2,2% no consumo de carne bovina no Brasil, tendo como base a previsão do Banco Central de que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional irá crescer 2,7% neste ano.

“No Brasil, a economia pode se recuperar, pautada na diminuição da taxa de juros, no controle da inflação, na relativa estabilidade do câmbio, na redução do índice de desemprego e na melhoria do PIB”, estimam analistas do Cepea em nota divulgada na quinta-feira (04).

O Cepea pondera que as projeções otimistas podem ser afetadas por fatores que ainda estão incertos, e que os operadores do setor pecuário devem ter cautela.

O Rabobank vê um potencial de aumento de até 4 quilos per capita no consumo de carne bovina no Brasil nos próximos dois anos.

A oferta de boi gordo também deve crescer em 2018 como consequência do aumento no número de animais terminados esperado para este ano, favorecendo o setor de frigoríficos.

“A expectativa é que a indústria deva converter a oportunidade de maior oferta em resultados mais positivos, também considerando a esperada retomada da demanda interna, mesmo que ainda parcial em 2018”, escreveram os analistas do Rabobank em relatório.

Preços locais podem ser impactados por maior oferta de produto no mercado doméstico, dependendo da duração da restrição de importações pelo mercado russo.

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“Apesar das incertezas quanto à duração desse embargo, fica claro que a alta exposição ao mercado russo ainda é um risco ao desempenho das exportações de carnes em 2018, já que a Rússia é o terceiro maior comprador de carne bovina do Brasil e é o destino número um da carne suína brasileira.”

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirmou no fim de 2017 que o embargo russo, vigente desde dezembro, tende a ser revertido no início deste ano.

Fonte: CarneTec

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