Corrida por painéis solares faz importação crescer 200% em 2022

Importação de painéis solares cresceu quase 200% no primeiro semestre de 2022; informações são do Relatório de Importação da Logcomex

Com diversos subsídios dados pelos órgãos públicos, como a redução no imposto de importação, os painéis solares estão em alta entre as empresas que compram de fornecedores no exterior. De acordo com o Relatório de Importação do 1º Trimestre de 2022, realizado pela Logcomex, empresa que oferece soluções de big data e automação para o comércio exterior, o valor de importação do produto subiu no período.

De acordo com o levantamento, nos três primeiros meses do ano foram importados US$ 1,4 bilhões do produto. Isso o coloca em 4º lugar na lista dos mais importados no período e representa um aumento de US$ 931,8 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior, uma alta de 193,12%. No primeiro trimestre de 2021, ele ocupava a 15ª posição no ranking.

Como o governo zerou as alíquotas da importação do produto, houve um crescimento na procura pelo produto, o que refletiu no aumento do valor da importação”, explicou Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex. “Da mesma forma, há um aumento na busca por energias renováveis, como a solar, impulsionando o setor”.

Para importar células solares em módulos ou painéis, é necessário o preenchimento correto da NCM 8541.40.32, garantir que o produto tenha o selo de qualidade do Inmetro, seguir o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PEB) e atestar as normas do Portal Único Siscomex.

Brasil termina 2021 com recordes na geração de energia solar

A energia solar viveu um ano histórico em 2021, com recordes na expansão da fonte por todo o Brasil. De janeiro a dezembro, foram gerados mais de 3,5 GW de potência instalada em residências, fachadas e pequenos terrenos, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Trata-se de um recorde histórico, que superou com folga os 2,68 GW contabilizados em 2020 e que ajudou o setor a alcançar a marca de 8,26 GW de potência instalada desde o início da operação da fonte no Brasil.

Segundo a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), os sistemas solares no Brasil já representam mais de 70% de toda a potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo e a maior da América Latina.

De janeiro a dezembro, todo o volume acumulado também se refletiu na expansão da energia solar na matriz energética nacional, deixando de ser a sétima maior fonte de geração energética do país para se tornar a sexta maior, com participação de 2,4%. Em janeiro, o percentual era de apenas 1,6%.

Em 2021, o Brasil também entrou para o grupo de 15 países líderes em capacidade instalada de energia solar no mundo e as expectativas agora são que os investimentos na área se expandam cada vez mais a partir do ano que vem.

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