Crédito de carbono gera US$ 1 bi no mundo

O mercado global de crédito de carbono gerou US$ 1 bilhão em transações. Os dados fazem parte de um estudo da McKinsey, que será divulgado em abril.

O mercado de crédito de carbono movimentou US$ 25 milhões no Brasil no ano passado, o equivalente a 17 milhões de toneladas de carbono capturados e convertidos em crédito. O mercado global de crédito de carbono gerou US$ 1 bilhão em transações. Os dados fazem parte de um estudo da McKinsey, que será divulgado em abril.

O sócio líder de Prática de Sustentabilidade da McKinsey, Henrique Ceotto, disse que as cifras globais de 2021 foram quatro vezes maiores que as do ano anterior. Para 2030, a estimativa é que o mercado alcance US$ 100 bilhões no mundo. “É um mercado que não atraía tanto interesse do capital internacional, mas depois da COP 26 a procura explodiu”, afirma.

O especialista ressaltou que, pela primeira vez, o consumo de créditos de carbono superou a oferta – e isso tem elevado os preços. O crédito por tonelada de carbono antes variava de US$ 1 a US$ 10. No ano passado, houve registro de crédito vendido por até US$ 25.

“O Brasil tem potencial único de liderar a economia verde. O país pode gerar de US$ 20 bilhões a US$ 100 bilhões em crédito de carbono, mas ainda é preciso regular esses títulos no país”, afirmou.

No Brasil, a origem dos créditos tem perfil diferente do que o observado no restante do mundo. Globalmente, 50% dos créditos são gerados em florestas, 25% vêm de fontes de energia renovável e 25% de outras fontes – como a troca de fogão a lenha por gás, o que gera créditos em países da África e dos Andes.

Já no Brasil, 67% dos créditos são gerados em florestas e 30% em atividades agrícola. O restante vem da conversão de resíduos em energia (como o uso de lama de esgoto ou dejetos de animais para a produção de biogás). Ceotto calcula que o país tem potencial para emitir 200 milhões de toneladas em créditos de carbono associados à conservação de florestas entre 2022 e 2030. Outros 200 milhões de toneladas em créditos podem ser gerados no período com reflorestamento e aflorestamento.

Fonte: Valor Econômico

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM