Este grão, que é uma das commodities mais valiosas globalmente, possui uma história e características fascinantes.
O Brasil se destaca como um dos maiores produtores de soja, um grão que não apenas domina as terras agrícolas do país, mas também lidera a lista de exportações através dos seus portos, segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este grão, que é uma das commodities mais valiosas globalmente, possui uma história e características fascinantes.
A soja, que hoje é um pilar da agricultura brasileira, tem suas raízes na China antiga. Foi ao longo do rio Yangtzé que a soja foi documentada pela primeira vez em sua forma natural e rasteira. Com o passar do tempo, cientistas dedicaram-se ao estudo e melhoramento desta planta, resultando na variedade que é amplamente cultivada hoje.
A introdução da soja no Brasil é uma história de internacionalização, com as primeiras sementes chegando do exterior. Em 1882, a Bahia viu os primeiros plantios experimentais com sementes oriundas dos Estados Unidos. No entanto, foi em 1901 que a Estação Agropecuária de Campinha marcou o início oficial do cultivo de soja no país, um movimento que foi acompanhado pela distribuição de sementes aos agricultores do estado de São Paulo. A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja/MT) destaca esse período como um marco significativo.
Com a chegada de imigrantes japoneses no início do século XX, novas variedades de soja do Japão foram introduzidas no Brasil. A partir de 1908, essas variedades começaram a ser plantadas, e em 1914, o Rio Grande do Sul iniciou seus próprios cultivos. A soja se consolidou como um produto comercial vital para o Brasil na década de 1970, impulsionada por uma demanda internacional crescente e pelo desenvolvimento da indústria de óleo de soja.
O Brasil se destaca como líder global na produção de soja, superando todos os outros países desde o ano de 2020. Com uma colheita impressionante de mais de 135 milhões de toneladas no período de 2020/21, o país ultrapassou os Estados Unidos e a Argentina, que ocupam, respectivamente, a segunda e terceira posição no ranking mundial. A produção combinada dessas três nações atinge aproximadamente 320 milhões de toneladas por temporada, segundo estatísticas fornecidas pela Celeres Consultoria.
No território brasileiro, a produção do grão é predominantemente concentrada em quatro estados: Mato Grosso lidera o ranking, seguido por Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Esses estados são vitais para a agricultura nacional, contribuindo com cerca de 70% do total da soja produzida no Brasil.
Observa-se uma tendência de crescimento contínuo na produção de soja no Brasil. A consultoria Stone X projeta que para o ciclo agrícola de 2022/23, a produção pode alcançar 153,8 milhões de toneladas. Se essa previsão se confirmar, representará um avanço notável em comparação com a safra anterior, que registrou uma produção de 125 milhões de toneladas, de acordo com os dados divulgados pela Conab. Este aumento reflete o dinamismo e a capacidade de expansão do setor agrícola brasileiro.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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