A queda projetada de US$ 3 bilhões nas exportações agrícolas dos EUA para a China no ano fiscal de 2024 era provavelmente inevitável e talvez até saudável
Ao longo dos anos, a agricultura tem sido um ponto positivo num quadro muitas vezes sombrio do comércio dos EUA. Os EUA tradicionalmente exportam mais produtos agrícolas do que importam, compensando parcialmente os grandes défices comerciais em produtos manufaturados. Isso tem sido motivo de orgulho entre os agricultores e pecuaristas americanos.
Ultimamente, porém, as importações agrícolas ultrapassaram as exportações. Nos exercícios fiscais de 2019 e 2020, os EUA registaram défices comerciais agrícolas de 1,3 mil milhões de dólares e 3,7 mil milhões de dólares. Os excedentes regressaram em 2021 (8,5 mil milhões de dólares) e 2022 (1,9 mil milhões de dólares). Mas agora o Departamento de Agricultura dos EUA prevê um défice de 19 mil milhões de dólares para 2023 e 27,5 mil milhões de dólares para 2024.
Para muitos, os défices levantam questões preocupantes. Será que sinalizam um enfraquecimento do vigor da agricultura americana? Ameaçam a segurança alimentar do país ou a sobrevivência dos agricultores? Os bárbaros estão no portão?
Na maioria das vezes, as respostas são não, não e não. Dito isto, é possível detectar sinais de alerta precoce:
- De um lado da balança, estão os aumentos nas importações de determinados produtos que podem representar ameaças competitivas, entre eles a carne bovina e algumas frutas e vegetais.
- Por outro lado, há indicações de que as exportações agrícolas pararam de crescer.
Durante os próximos anos, o Departamento de Agricultura dos EUA prevê uma grande queda nas exportações, dos 196,1 mil milhões de dólares do ano passado para 177,5 mil milhões de dólares este ano e uma queda adicional para 172 mil milhões de dólares no ano fiscal de 2024.
Fonte: asiatimes.com
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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