
Para a ministra, Tereza Cristina, embora o Brasil tem “tirado proveito, no bom sentido” dessa relação comercial, é importante diversificar a pauta de exportações com a China e com outros países.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, comentou sobre a forte relação comercial entre Brasil e China, principalmente na exportação de soja, em “live” promovida na tarde da última Sexta-feira, 5 pela MZR Consultoria.
“Até me preocupa um pouco a dependência que o Brasil tem da China na exportação de soja, sobretudo nos últimos anos”. Segundo ela, quando o comércio entre Estados Unidos, grande fornecedor de soja para a China, e o gigante asiático estremeceu, o Brasil ocupou esse espaço, “porque não tem outro país para exportar o volume que a China adquire. Ou é o Brasil ou são os Estados Unidos.”, afirmou a ministra.
Para a ministra, embora reconheça que o Brasil pode e tem “tirado proveito, no bom sentido” dessa relação comercial, é importante diversificar a pauta de exportações com a China e com outros países, mas reduzir essa dependência. “Já discutimos, por exemplo, com a China a abertura um pouco maior para o nosso farelo de soja”, citou.
- Cavalo de R$ 12 milhões morre com suspeita de intoxicação por ração e expõe crise sem precedentes na equinocultura
- PBR Team Series: Brasileiros são maioria na nova temporada da liga PBR
- ABIPESCA emite nota sobre impactos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao pescado brasileiro
- DATAGRO: Trump anuncia tarifa de 50% sobre todas as exportações do Brasil aos EUA
- BC só publicará nova carta em abril, caso IPCA continue acima do teto
“E também conseguimos certificado para exportar farelo de algodão para lá. Abrimos este mercado, mas ainda estamos terminando a regulação dele. Do melão também.” Ela disse acreditar, entretanto, que “nunca é bom colocar todos os ovos numa só cesta”.
“O Brasil pode se beneficiar [do comércio com a China], mas temos de ter cuidado”, continuou. “Assim como a China não pode se tornar dependente de um único mercado fornecedor, o Brasil também tem de procurar novos mercados. Essa dependência é ruim para os dois lados.”
Fonte: Estadão Conteúdo