A Anec destacou em relatório que foram rastreados 22 navios carregando milho com a China como destino potencial. O mercado chinês foi aberto no ano passado para o cereal brasileiro.
A Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) prevê exportações ainda aquecidas de milho em janeiro, de 4,327 milhões de toneladas, 25,76% abaixo dos 5,829 milhões de toneladas de dezembro, mas 94,60% acima dos 2,223 milhões de toneladas de janeiro de 2022. A Anec destacou, ainda, em relatório que foram rastreados 22 navios carregando milho com a China como destino potencial.
O mercado chinês foi aberto no ano passado para o cereal brasileiro. A China é historicamente importadora de milho americano e ucraniano, e seu apetite por suprimentos brasileiros mais baratos afeta as vendas dos EUA. O milho brasileiro terá, em 2023, um grande mercado consumidor para escoamento do grão que, mas é preciso estar atento aos preços mundiais e prêmios pagos nos portos.
Relembre a abertura do mercado
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informam, em nota oficial de 23/05/2022 que as negociações para o início de exportações brasileiras de milho para a China foram concluídas. Como próxima etapa o Ministério organizará uma reunião conjunta com o setor exportador para ter clareza sobre a partir de quanto as exportações efetivamente acontecerão.
Ainda em dezembro de 2021, entre quatro e seis navios zarparam com milho brasileiro para a China, nos primeiros embarques desde que um novo protocolo comercial bilateral entrou em vigor, segundo dados de três empresas de transporte marítimo compilados por Victor Martins, gerente de risco da HedgePoint Global Markets.
A chinesa Cofco está envolvida na negociação da maioria das cargas, mostraram os dados compilados.
Segundo a Anec, as exportações de milho atingiram o recorde de 43,1 milhões de toneladas no ano passado, ou 109,4% a mais que em 2021. Em dezembro, os embarques do cereal cresceram 75,4% em relação ao último mês do ano anterior, para 5,8 milhões de toneladas. E o ritmo deverá continuar forte em janeiro. Segundo a entidade, o volume chegará a 4,3 milhões de toneladas, uma alta de 94,6% ante o mesmo mês de 2021.
Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 1,873 bilhão no período, contra US$ 765,101 milhões de todo dezembro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 156% ficando com US$ 85,162 milhões por dia útil contra US$ 33,265 milhões no último mês de dezembro.
Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 30,3% no período, saindo dos US$ 224,30 no ano passado para US$ 292,20 neste último mês do ano.
Movimentação das exportações de milho em Janeiro
A Anec prevê exportações ainda aquecidas de milho em janeiro, de 4,327 milhões de toneladas, 25,76% abaixo dos 5,829 milhões de toneladas de dezembro, mas 94,60% acima dos 2,223 milhões de toneladas de janeiro de 2022.
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O Line-Up ao lado é da empresa Alphamar e registra embarques de milho brasileiro para vários destinos. Deve-se observar que, normalmente, o que é registrado como TBI tem, em sua maior parte, como destino, a China, que deve ser somado ao que já está claramente declarado como este destino.
Assim sendo, o total a ser embarcado para a China rondaria os 1,73 milhão de toneladas ou aproximadamente 26 navios Panamax, o que confirmaria a informação dada acima, de 22 navios destinados à China – os restantes seriam de outros destinos, trouxe as informações do relatório da TF Agroeconômica.
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