
7 de outubro é Dia Mundial do Algodão, cultura que desempenha papel fundamental, sendo cultivado em mais de 70 países com envolvimento de cerca de 350 milhões de pessoas no mundo, e movimenta cerca de US$ 40 bilhões
O algodão desempenha um papel significativo no mundo, tanto economicamente quanto socialmente. O Brasil tem fortalecido um protagonismo crescente no cenário mundial do algodão. Essa importância é refletida não apenas nas estatísticas, mas também no reconhecimento global da contribuição brasileira para a indústria. Cultivada em mais de 70 países distribuídos por todos os continentes – o equivalente a 2,8% das terras agricultáveis do mundo -, a cultura algodoeira tem a maior participação em área, após grãos e soja, e movimenta cerca de US$ 40 bilhões, segundo o Comitê Consultivo Internacional do Algodão (Icac).
O Dia Mundial do Algodão foi implementado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2019, sublinhando a relevância da cultura algodoeira para a realização da Agenda global. Mundialmente, estima-se que cerca de 100 milhões de agricultores familiares em 80 países dependem diretamente da indústria do algodão.
Comemorado em 7 de outubro, a data tem como objetivo celebrar o papel da cotonicultura no desenvolvimento econômico, no comércio internacional, na inclusão social e na redução da pobreza, além de aumentar a visibilidade do setor algodoeiro, que não para de crescer.
Mantendo, basicamente, a mesma área plantada da safra 2021/2022, de 1,6 milhão de hectares, para a safra 2022/2023, a produção brasileira é projetada em 3,07 milhões de toneladas, uma variação positiva de 19,8% ante a safra passada, segundo estimativas da Abrapa. O Valor Bruto da Produção (VBP) de algodão, em 2023, é de R$ 30,7 bilhões.
De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a Bahia é o segundo maior produtor da fibra do Brasil, na safra 2022/2023, o estado produziu, aproximadamente, 615 mil toneladas de algodão beneficiado (pluma), nos 312,6 hectares de lavouras ocupadas com a commodity. A produtividade foi de 1.968 kg de pluma por hectare.
Motivos para comemorar
Neste Dia Mundial do Algodão, a cotonicultura brasileira só tem motivos para comemorar. Levantamento da Abrapa, de 3 de outubro, indica que a produção da safra que acaba de ser colhida é estimada em 3,23 milhões de toneladas de pluma, alta de 26,5% com relação à safra passada. Além disso, houve aumento de área plantada de 4,6%, projetado em 1,67 milhão de hectares, e uma produtividade recorde para a cultura no campo, 1.931 kg/ha, alta de 21% que a registrada na safra passada e 7% acima do último recorde de produtividade registrado na safra 2019/20 (1.802 kg/ha).

Pela primeira vez na história, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de produção mundial, após um ano de quebra de safra nos Estados Unidos. o país se consolidou entre os maiores produtores de algodão do mundo e tem sido destaque no crescimento da oferta com qualidade e sustentabilidade.
“Guiado pelos pilares da qualidade, rastreabilidade, sustentabilidade e promoção, a cotonicultura brasileira está fazendo história e se tornado referência para outras cadeias produtivas no Brasil e no mundo”, destacou o diretor executivo da Abrapa.
Algodão no mundo
Segundo o Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC), o valor da produção mundial de algodão é estimado em, aproximadamente, US$ 70 bilhões. Para continuar nesse patamar, o ICAC destaca que é necessário incrementar a implementação de sistemas de produção sustentáveis, impulsionar a demanda para competir com o poliéster e superar as dificuldades com os padrões contratuais de comércio e as distorções referentes à produção causadas por incentivos governamentais.
O último relatório de oferta e demanda do USDA, de 12 de setembro, indica que as perspectivas para a safra 2023/24 são de produção global estimada em 24,47 milhões de toneladas com queda de 5,3% em relação a 2022/2023 por conta de problemas com o clima. No entanto, consumo global é projetado em 25,23 milhões de toneladas, alta de 4,5% em relação à safra passada, uma estimativa otimista pelo mercado que já trabalha com queda no consumo, na safra 23/24, devido a conjuntura econômica global ainda pouco favorável.
O algodão brasileiro é homenageado no Senado Federal
Responsável por gerar emprego e renda para centenas de milhares de famílias no Brasil e movimentar uma extensa cadeia produtiva que fortalece a economia, a cotonicultura brasileira esteve no centro das homenagens no Senado Federal, nesta sexta-feira, 6 de outubro, véspera do Dia Mundial do Algodão.
Iniciativa da senadora Tereza Cristina, a sessão especial foi o ponto culminante de uma semana repleta de eventos de abrangência internacional, que trouxeram reflexões, celebrações e homenagens para a cadeia produtiva do algodão, que desempenha papel fundamental como fonte de receitas na economia mundial, sendo cultivado em mais de 70 países com envolvimento de cerca de 350 milhões de pessoas no mundo.
“Em 2023, colhemos 3,23 milhões de toneladas de pluma, a maior de toda a história do nosso país, e conquistamos duas importantes novas posições no ranking global, saímos de quarto para terceiro lugar, na produção, e de segundo para primeiro maior exportador da pluma. Nos dois casos, superamos os Estados Unidos. Esperávamos conquistar esse feito em três ou cinco anos, mas uma contingência climática no nosso maior concorrente, antecipou a meta. Entretanto, volume é só a consequência de um trabalho de vanguarda, desde a retomada da produção de algodão”, afirmou Marcio Portocarrero, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
A cerimônia foi presidida pelo senador Izalci Lucas, que exaltou a importância do setor algodoeiro para a agricultura brasileira. Destacou que o algodão é a fibra natural que mais impulsiona o setor agrícola e que impacta mais de 100 milhões de famílias produtoras ao redor do planeta. “O algodão é, por essência, um produto sustentável, onde quase tudo se aproveita: 46% de seus resíduos tornam-se alimento e ração para animais, 33% da fibra é usada na indústria têxtil e no vestuário, e 27% da casca pode ser aproveitada na produção de combustível, embalagens e fertilizantes. Além disso, a fibra de algodão é natural, biodegradável, confortável e muito versátil”, lembrou o senador.
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