Empresa anuncia negociações para venda de créditos de carbono no Brasil

Empresa de tecnologia agrícola com maior capacidade de produção de potássio do Brasil e a primeira do mundo a aditivar microrganismos ao fertilizante

A Verde Agritech, empresa com maior capacidade de produzir potássio do Brasil e primeira no mundo a aditivar microrganismos no fertilizante, anunciou, em comunicado enviado ao Mercado que “está em negociações avançadas para vender créditos de carbono para grandes empresas internacionais que são compradoras estabelecidas de compensação permanente de carbono”.

A companhia, que tem capital aberto na bolsa de Toronto, no Canadá, divulgou, na última semana, o resultado de um estudo britânico independente, realizado na Newcastle University, que atesta que o K Forte, fertilizante potássico produzido nas instalações da empresa em Matutina e São Gotardo, interior de Minas Gerais, pode capturar até 120 quilos de dióxido de carbono (CO2), o principal gás causador do efeito estufa, da atmosfera.

“Atualmente, os créditos de carbono para compensação permanente de carbono, semelhantes aos da Verde Agritech, são comercializados por até US$ 500 por tonelada”, diz outro trecho do documento, assinado por Cristiano Veloso, CEO e fundador da Verde Agritech.

Considerando a capacidade atual de produção da empresa, de três milhões de toneladas por ano, a companhia pode capturar até 360 mil toneladas de CO2 anualmente.

A Verde Agritech espera concretizar as primeiras vendas de créditos de carbono ainda no terceiro trimestre de 2023.

O estudo sobre créditos de carbono

O professor Manning, responsável pelo estudo, é uma das principais referências em ERW – Intemperismo de Rocha Acelerado, é membro do Instituto de Geologia do Reino Unido desde 1979, também foi presidente da Sociedade Geológica de Londres de 2014 a 2016, além de ocupar uma cadeira no Conselho da Federação Europeia de Geólogos (FEG) e ter presidido o Painel de Peritos da FEG sobre proteção do solo. O especialista tem vasta experiência sobre o papel do solo no combate às mudanças climáticas.

Para concluir o estudo, o especialista analisou a matéria prima usada pela companhia para fabricar o produto, o siltito glauconítico.

Em um cenário de produção de 50 milhões de toneladas por ano, a empresa seria responsável por um dos maiores projetos de captura de carbono do mundo, pois atingiria um total de seis milhões de toneladas de CO2 subtraídas da atmosfera.

A conclusão indica que o fertilizante absorve o CO2 atmosférico enquanto libera nutrientes como o potássio (K), adubo essencial para a produção de alimentos.

Atualmente, mais de 1.3 milhão de hectares são adubados pelo K Forte, por mais de cinco mil agricultores. Além do Brasil, o produto é exportado para diferentes países com o nome Super Greensand.

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