Ex-Rei do Algodão tem três mega fazendas penhoradas e deve R$ 1 bilhão

O juiz da 3ª Vara Cível de Cuiabá, Luiz Octávio Saboia Ribeiro, determinou a penhora de três propriedades rurais de José Pupin, considerado, um dia, o “Rei do Algodão”.

Considerado o “Rei do Algodão”, Pupin chegou a ter uma área de plantio equivalente a cidade do Rio de Janeiro (110 mil hectares). Seu grupo, JPupin, encontra-se em recuperação judicial com dívidas de mais de R$ 1 bilhão.

A decisão do juiz é da última segunda-feira (5). A penhora atinge a Fazenda Lima, em Querência, a Fazenda Marabá, em Campo Verde, e a Fazenda Ouro Verde II, localizada em Juscimeira. O pedido foi realizado pela Kripta Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, que cobra uma dívida de José Pupin de R$ 9,8 milhões. Segundo o juiz Luiz Octávio Saboia Ribeiro, o Grupo JPupin apontou que os juros utilizados pela credora para cobrar a dívida estavam incorretos, sem apontar, porém, qual seria o valor correto do débito.

“No caso em tela, o executado invoca a ausência de título líquido, certo e exigível, mas na realidade sustenta a existência de excesso de execução, na medida em que a exequente estaria cobrando valores (juros e correção monetária) em descompasso com o título executivo judicial. É interessante ressaltar que os executados sequer apresentam o valor que entende devido apesar da alegação de excesso”, analisou o magistrado.

rei do algodão
Foto: Divulgação

Atualmente, as fazendas estão arrendadas. No prazo de 10 dias, os arrendatários deverão apresentar os respectivos contratos e realizar eventuais pagamentos em juízo sob pena de desobediência. O juiz também determinou a “imediata avaliação dos imóveis”.

José Pupin, proprietário do Grupo JPupin, já foi um dos maiores produtores brasileiros de commodities. Considerado o “Rei do Algodão”, Pupin chegou a ter uma área de plantio equivalente a cidade do Rio de Janeiro (110 mil hectares).

Colocando seus bens como garantia, o megaempresário do agronegócio chegou a tomar R$ 1 bilhão em empréstimos. Porém, o preço da commoditie caiu, os juros subiram, e os clientes se afastaram.

O juiz da 3ª Vara Cível de Cuiabá, Luiz Octávio Saboia Ribeiro, determinou a penhora de três propriedades rurais de José Pupin, considerado, um dia, o “Rei do Algodão”.
Foto: Divulgação

Em novembro de 2014, Pupin perdeu um latifúndio de 45 mil hectares em Paranatinga
(375 km de Cuiabá) em razão de ter disponibilizado as terras como garantia de um empréstimo de US$ 100 milhões.

A propriedade esta envolvida numa nebulosa disputa entre seus verdadeiros proprietários e magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), suspeitos de venda de sentenças.

No final de 2016, José Pupin teve leiloado um imóvel rural de 3.780 hectares em Santo
Antônio do Leverger, na Região Metropolitana de Cuiabá, avaliado em R$ 73,5 milhões.

Em 2011, o agroempresário foi flagrado tentando sonegar o ICMS da compra de uma
Maserati Gran Turismo no valor de R$ 600 mil. O carro de luxo deveria recolher, só do
imposto, R$ 121 mil.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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