
Para ser liberado, o estado do RS vai precisar provar que não registrou casos dessa doença nos últimos três anos e resolver processos judiciais de 2015.
Associações de criadores gaúchos solicitaram à Secretaria da Agricultura do estado que o exame de mormo, doença infectocontagiosa de equídeos, não seja uma exigência. Hoje, sempre que o criador precisa deslocar seu animal — para um rodeio ou prova, por exemplo —, a avaliação é cobrada,
O presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Leonardo Lamachia, defende a retirada da obrigatoriedade. “Imagine que eles são utilizados em eventos que acontecem, praticamente, todo fim de semana, como credenciadoras do Freio de Ouro respectivos campeonatos e provas das outras raças; realmente é custo e burocracia a mais”, diz.
Após ser procurada pelas entidades, a secretaria gaúcha solicitou ao Ministério da Agricultura a retirada do exame. Antes de ter o pedido atendido, o estado precisará provar que não houve nenhum caso de mormo nos últimos três anos.
Para provar a ausência da doença, serão recolhidas amostras dos equinos. “A primeira coisa que teremos que fazer, ainda no primeiro semestre, é um desenho amostral: quais municípios, quais os produtores etc. A nossa ideia é, provavelmente a partir de agosto deste ano, colocar quantas equipes forem necessárias para agilizar a coleta dessas cinco mil amostras”, declara o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária, Antônio Carlos Ferreira Neto.
- Um ano após enchente, potranca da GAP Genética vence em Esteio
- ABCCC: Uruguai seleciona os melhores exemplares da raça Crioula para o Freio de Ouro
- Empresa reinventa e lança o melhor estribo para montaria em cavalos; vídeo
- Conheça os cavalos com as pelagens mais raras e impressionantes do mundo
- Três tambores: circuito Ram ANTT realizou etapa durante o 34° congresso brasileiro ABQM
Em 2015, alguns criadores entraram na Justiça para que animais diagnosticados com mormo não fossem sacrificados. Segundo Luiz Silveira, responsável pelo Programa Nacional de Sanidade Equídea no estado, na época esse grupo entendia que os exames não fossem tão confiáveis. “O que gerou esse imbróglio que a gente tem até hoje”, relata.
Silveira afirma que ao status só vai avançar quando esses oito casos forem resolvidos. “São o principal entrave para iniciarmos qualquer processo de certificação do estado livre”, afirma.
A Febrac defende a fiscalização da entrada de animais pela fronteira seja reforçada, evitando novos casos. “Devemos avançar na retirada da obrigatoriedade do exame desde que existam condições seguras sob o ponto de vista sanitário”, finaliza a entidade.
Fonte: Canal Rural