Vacinação em equinos: Quais são necessárias?

Um bom programa de vacinação em equinos se faz necessário para garantir a saúde e bem-estar animal, confira.

Médico veterinário fala sobre a importância da implantação de eficiente programa e rígido controle de vacinas para a prevenção de doenças nos cavalos. Com base nas informações do Dr. Carlos Guilherme de Castro Schutzer, o Xuxu, da Embrio-Equi, em São Simão/SP, o Portal InfoHorse elaborou uma breve planilha para que você conheça um eficiente programa de vacinação em equinos.

Quais vacinas meu cavalo deve tomar neste ano?

Não existe programa de vacinação padronizado para os equinos e é de responsabilidade do veterinário planejar um plano de acordo com as necessidades de cada criatório. “O protocolo pode variar conforme o tipo de criação, a localização geográfica do haras e devido a casos de surtos ou epidemias de doenças infectocontagiosas”, pondera Xuxu.

Com o aumento do número de provas e eventos equestres por todo o país, elevou-se a frequência de trânsito e aglomeração de animais e, consequentemente, a disseminação de doenças. Assim, é de grande importância a implantação de um programa de vacinação adequado para a prevenção das enfermidades. “As vacinas que utilizamos na rotina para equinos são: Raiva, Influenza, Tétano, Encefalomielite (dos tipos Leste e Oeste) e Rinopneumonite (aborto equino a vírus)”, elenca o veterinário.

Esquema de vacinação utilizado em equinos:

VACINA ADULTO POTRO ÉGUA PRENHE
Tétano Anual 1ª dose na desmama; 2ª dose 30 dias depois Anual
Influenza Anual 1ª dose na desmama; 2ª dose 30 dias depois Anual
Encefalomielite (Leste e Oeste) Anual 1ª dose na desmama; 2ª dose 30 dias depois Anual
Raiva Anual 1ª dose na desmama; 2ª dose 30 dias depois Anual
Rinopneumonite (EHV-1 e EHV-4) 01 dose a cada 06 meses 1ª dose na desmama; 2ª dose 30 dias depois 5º, 7º e 9º meses de gestação

Observações:

  1. Animais que nunca foram vacinados: aplicar 2ª dose 30 dias após a 1ª;
  2. Nos potros, depois do esquema inicial, fazer reforço aos 12 meses de idade e, posteriormente, seguir o mesmo desenho dos equinos adultos;
  3. Nas éguas gestantes: uma dose de reforço (contra Tétano, Influenza e Encefalomielite) pode ser feita 30 dias antes do parto para aumentar os níveis de anticorpos no colostro e, consequentemente, para o potro nascer com imunidade maior contra tais doenças, e
  4. Em nossa rotina, além destas vacinas preconizadas para as éguas gestantes, fazemos tratamento preventivo contra aborto por Leptospirose, que consiste em duas aplicações do antibiótico Estreptomicina (12,5g) no 3º e no 6º meses de gestação.

Um fator muito importante é com relação à manutenção das vacinas sobre refrigeração em temperatura adequada, tanto no armazenamento quanto no transporte, e durante a utilização. “As instruções devem seguir as recomendações do fabricante, pois se houver alguma falha nestes procedimentos pode ocorrer perda na eficácia”, alerta Xuxu.

No momento da vacinação, o cavalo deve estar livre de vermes e carrapatos. “Se vacinarmos um animal com algum desequilíbrio nutricional ou hormonal, a resposta à vacinação pode não ser eficiente e o equino continuará com risco de contrair a doença”, diz o profissional. Animais com febre, infecção ou virose também devem esperar completa recuperação para serem vacinados, pois estas condições podem diminuir o efeito da vacina.

É de suma importância a implantação de programa de vacinação adequado em equinos para prevenção e controle de enfermidades. O proprietário deve estar ciente de que a vacina serve para minimizar os riscos da infecção, mas não é capaz de prevenir patologias em todas as circunstâncias. “A ideia de que a vacinação protege contra doenças deve ser acompanhada de um bom manejo sanitário e alimentar, ou seja, devemos trabalhar com o conceito de excelência nos cuidados básicos e não vacinar pura e simplesmente”, finaliza o veterinário.

Meu cavalo precisa de alimentação especial?

Via Info Horse

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