Exportações tem o pior nível com saída da China

De acordo com o Analista de Mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as exportações de carne bovina já começaram a sentir os impactos da suspensão da China.

Nesta segunda-feira (11), a Secretária Comércio Exterior (Camex) reportou que o volume embarcado de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada atingiu 30,4  mil toneladas nos primeiros seis dias úteis de outubro/21. No mesmo período do ano passado, o volume total exportado em outubro foi de 162,6 mil toneladas em 20 dias úteis. 

De acordo com o Analista de Mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as exportações de carne bovina já começaram a sentir os impactos da suspensão da China ao produto brasileiro. “Como já era esperado pelo mercado, os dados de exportação se enfraqueceram frente às semanas anteriores com a ausência da China e os volumes ficaram muito próximos da carne suína”, informou. 

A média diária exportada de carne bovina ficou em 5,07 mil toneladas na segunda semana de outubro, isso representa uma queda de 37,65% frente a média do total exportado no mesmo período do ano passado, que ficou em 8,13 mil toneladas. 

Segundo a Radar Investimentos, se o ritmo dos embarques for mantido até o final deste mês, o volume consolidado seria ao redor de 94,3 mil toneladas, aproximadamente 50% e 40% abaixo nas comparações mensal e anual. “Vale a pena reforçar que ainda há boa parte do mês a ser contabilizado, o que deve alterar estas estimativas abaixo”, ressaltou. 

Os preços médios na primeira semana de outubro ficaram próximos de US$ 5.340,70 mil por tonelada, na qual teve uma alta de 25,84% frente aos dados divulgados em outubro de 2020, que registraram o valor médio de US$ 4.2455,1 mil por tonelada. 

O valor negociado para o produto chegou em US$ 162.532 milhões na segunda semana de outubro deste ano, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de setembro do ano anterior foi de US$ 690.444 milhões. A média diária ficou em US$ 27.088 milhões e registrou uma desvalorização de 21,53%, frente ao observado no mês de outubro do ano passado, que ficou em US$ 34.522 milhões.

Resultados da saída chinesa aparecem, aponta Agrifatto

Com o feriado prolongado, o mercado físico do boi gordo seguiu sem grandes novidades. As indústrias frigoríficas, em sua maioria, permanecem fora das compras enquanto avaliam as vendas no mercado interno. Portanto, os negócios concretizados ainda estão com referência próximo aos R$ 270,00/@. Na B3, o contrato futuro de boi gordo com vencimento para out/21, terminou o dia cotado em R$ 277,90/@, desvalorizando -0,34 % no comparativo diário.

Com a interrupção das compras dos chineses, as exportações brasileiras de carne bovina começaram a sentir os reflexos de tal medida. Foram 30,43 mil toneladas de proteína bovina embarcada nos seis primeiros dias úteis de out/21, resultando em uma média diária de 5,07 mil toneladas, 37,65% abaixo da média de out/20 e 43,05% da média de set/21. Este é o pior resultado para uma primeira semana desde jan/21

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