Fertilizantes: conheça os tipos e a função do insumo nos cultivos

Os fertilizantes são substâncias aplicadas às plantas ou ao solo para fornecer nutrientes, minerais e vitaminas essenciais.

Nos últimos 50 anos, o Brasil se tornou uma potência agrícola com a expansão das áreas cultivadas e a elevação da produtividade das plantações. Com a maioria dos solos sendo pobres em nutrientes, os fertilizantes tiveram, e ainda têm, um papel relevante no desenvolvimento dos cultivos.

O volume produzido de cereais saltou de 39,4 milhões de toneladas em 1975 para quase 300 milhões de toneladas em 2022. Na contramão dessa tendência, o Brasil deixou de ser exportador de fertilizantes para se tornar um grande importador entre 1992 e 2000. Atualmente, mais de 80% do insumo usado nas lavouras brasileiras é importado.

Como os fertilizantes agem na plantação?

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O fertilizante NPK é um dos principais insumos usados no agronegócio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Os fertilizantes são substâncias aplicadas às plantas ou ao solo para fornecer nutrientes, minerais e vitaminas essenciais que podem estar em falta ou são necessários para elevar a produtividade do cultivo. Esses nutrientes são necessários para o crescimento, desenvolvimento saudável e produção adequada das plantações.

Quando são aplicados, eles liberam macronutrientes como nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). O nitrogênio impulsiona a produção de proteínas, o crescimento vegetativo e o desenvolvimento das folhas. O fósforo atua no processo de energia das plantas, na formação de raízes, flores e frutos. Já o potássio age na síntese de carboidratos, crescimento de raízes, regulação do balanço hídrico e resistência a doenças.

Os insumos também podem conter nutrientes secundários, como cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S), e micronutrientes, como ferro (Fe), zinco (Zn), cobre (Cu), manganês (Mn), molibdênio (Mo) e boro (B), que desempenham papéis essenciais nas funções metabólicas das plantas.

Quais são os tipos de fertilizantes?

Os fertilizantes são classificados conforme a sua origem e a composição de seus nutrientes. Cada solo, cultivo e momento de desenvolvimento da lavoura requer um tipo diferente de adubo. A escolha do insumo adequado é fundamental para a produtividade da cultura.

Veja, a seguir, quais são os principais tipos.

Fertilizantes orgânicos

Derivados de materiais de origem animal ou vegetal como esterco, compostagem, farinha de ossos, torta de mamona, os adubos orgânicos fornecem uma melhora na estrutura do solo e na atividade biológica. Com liberação gradual de nutrientes essenciais, esses insumos são indicados para lavouras com ciclos mais longos ou que buscam uma produção sustentável.

Fertilizantes minerais

Fertilizantes minerais ou inorgânicos contêm nutrientes essenciais em forma química, e são produzidos industrialmente a partir da extração de rochas ou dos subprodutos do petróleo, entre outras matérias-primas. Esses insumos podem ser nitrogenados, fosfatados ou potássicos, a depender da sua composição.

A depender da necessidade, os fertilizantes podem ser aplicados de forma líquida, diretamente nas folhas das plantas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Os insumos organominerais misturam matéria orgânica enriquecida com substâncias químicas. Essa combinação busca aproveitar as vantagens dos dois tipos de insumos, com uma liberação equilibrada de nutrientes ao mesmo tempo que contribui para o desenvolvimento da biodiversidade do solo.

Impactos dos fertilizantes e cuidados com o uso

A aplicação inadequada de fertilizantes pode gerar impactos negativos para o meio ambiente e para a saúde humana e de animais. O uso excessivo de insumos nitrogenados e fosfatados pode levar à acidificação do solo. Quando ocorre a lixiviação dos nutrientes, os adubos podem contaminar os recursos hídricos, como rios, lagos e lençóis freáticos.

Para mitigar esse risco, é fundamental aplicar os insumos conforme as dosagens recomendadas e evitar a aplicação em períodos de chuvas intensas ou quando há risco de escorrimento superficial. Os produtos devem ser mantidos em locais secos, bem ventilados e afastados de substâncias inflamáveis ou reativas.

A adoção de práticas de manejo integrado de nutrientes contribui para reduzir o desperdício e minimizar os impactos ambientais. Isso inclui a combinação de adubos orgânicos e inorgânicos, a rotação de culturas, a adubação verde, o uso de técnicas de conservação do solo e a prática da agricultura de precisão.

Fontes: Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Agência IBGE de Notícias

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