
Advogado e mais 10 alvos de Operação ‘Boi de Ouro’ que apura roubo de gado no AC têm prisão preventiva decretada; novos alvos são presos em março
O objetivo de coibir o furto de gado no Acre, sobretudo na região do Baixo Acre, a Polícia Civil deflagrou em fevereiro a primeira fase da operação Boi de Ouro. A ofensiva policial, que contou com a participação de mais de 100 policiais entre delegados, agentes e escrivães foi realizada em cinco municípios acreanos, além da capital Rio Branco.
A operação “Boi de Ouro” teve como alvos o advogado Ismael Tavares, além de pecuaristas e empresários suspeitos de integrarem uma quadrilha de furto de gado no interior do Acre. As investigações começaram há cerca de um ano e meio, e apontam que o grupo é responsável pelos crimes de formação de quadrilha, abigeato (furto de animais), lavagem de dinheiro, ameaça e enriquecimento ilícito.
Em Plácido de Castro, Senador Guiomard, Acrelândia, Porto Acre e Manuel Urbano os policiais cumpriram mais de 40 ordens judiciais entre de busca e apreensão e prisão expedidas pela Justiça após um ano e meio de investigações.

Em Rio Branco, um advogado foi preso e de acordo com o delegado responsável pelas investigações, Dione Lucas titular da delegacia geral de Acrelândia, o jurista é um dos líderes do grupo e possuía até um caminhão para o transporte dos animais furtados.
“É um grupo bem organizado e com atribuições específicas e esse advogado era um dos chefes desse bando, inclusive possuindo até um caminhão para o transporte dos animais furtados”, destacou o delegado.
O delegado do Departamento de Polícia da Capital e do Interior da Polícia Civil do Acre (DPCI/PCAC), Pedro Paulo Buzolin enfatizou que a Polícia Judiciária tem trabalhado para combater esse tipo de delito, inclusive concentrando o foco na região da Vila Caquetá, que pela proximidade com o estado vizinho do Amazonas virou principal rota para os envolvidos nos crimes de furto de gado.
“A Polícia Civil realiza um trabalho minucioso no combate a esse tipo de crime, tanto que hoje prendemos 15 pessoas envolvidas diretamente com o furto de gados, foi feito o sequestro de bens e a apreensão de armas, munições e veículos. Agora vamos concentrar os trabalhos naquela região da BR-317, principalmente na região da Vila Caquetá onde virou rota dos criminosos para tirar os animais furtados no Acre e leva-los para o Amazonas”, afirmou Buzolin.
O delegado geral, José Henrique Maciel Ferreira destacou que é uma das ações de segurança pública do Governo estadual o combate ao furto de animais e o transporte ilegal de gado para outros estados.
“O governador se mostrou preocupado com essa prática criminosa e por isso o combate ao furto e transporte ilegal de gado se tornou uma das ações permanentes de segurança pública. A Polícia Civil não irá cessar os seus trabalhos para coibir de forma eficaz essa prática criminosa”, destacou o chefe geral da Polícia Judiciária no Acre.
“Os crimes são graves, pelo menos segundo as informações colhidas até o momento, eis que causam grande prejuízo aos pecuaristas da região que tem grande importância na movimentação da economia local, sendo que a manutenção dos ilícitos sem nenhuma interferência do Estado vem gerando inquietação social e sensação de insegurança”, afirma a juíza Kamylla Acioli Lins e Silva, da Vara Única de Acrelândia, no interior do Acre.
“Há, pelo menos, três pessoas de elevado nível nessa organização que ainda estão foragidas. Mas, acredito que logo serão presas e apresentadas à Justiça. Quem lucra mesmo com crime são dos receptadores para cima. Tem um núcleo que são os peões que vão na propriedade, separar o gado e subtrair. Mas, precisamos desestimular mesmo é o destino desse gado”, afirmou o delegado Dione Lucas, da cidade de Acrelândia.
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.