Importar bois do Paraguai aliviaria a falta de oferta brasileira? A Lygia Pimentel, diretora executiva da Agrifatto responde a analisa impactos
A falta de disponibilidade de gado para abate em Mato Grosso do Sul, mas refletida em outros estados também, já está deixando as escalas da indústria bastante apertadas e podem ser sentida com a paralisação de algumas plantas frigoríficas.
Com esse cenário nada favorável representantes da indústria pediram autorização ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para importar animais do Paraguai – “Todos os frigoríficos estão com escala abaixo, com ociosidade muito grande, alguns até paralisando suas atividades em função da baixa disponibilidade de bois. Não é só a questão do preço” – secretário da Semagro), Jaime Verruck.
No Mato Grosso do Sul, as indústrias abatem aproximadamente 4 milhões de cabeças por ano, com tendência de leves altas nos últimos 10 anos, e encerra “se olharmos para a última década, o abate de animais aumento entre 10 e 12%.
O site de notícias paraguaio Valor Agro entrevistou José Pádua, membro da FAMASUL, e ele foi enfático em dizer que a importação dos animais vivos, vindos do país vizinho, “é uma questão muito complexa e que nos deixa preocupados” pois “afeta diretamente os pecuaristas sul-mato-grossenses. Ano passado, quando houveram negociações entre os países, a indústria frigorífica quiz abaixar o preço pago pela arroba entre R$ 5 e R$ 10. O impacto foi impressionante e o desconforto devido à possível entrada de gado rapidamente se manifestou”.
Um ano de abate paraguaio não supre nem mesmo um mês de abate brasileiro e quando consideramos apenas o abate sul-matogrossense, nem metade da necessidade estadual. Assim, o impacto seria bastante limitado, pelos seguintes motivos:
Para responder essas perguntas, nós consultamos a especialista em mercado Lygia Pimentel, diretora executiva da Agrifatto que nos forneceu as seguintes informações:
- Custos logísticos e de importação;
- Oferta limitada no PY frente à necessidade local;
- Pressão sobre as cotações por lá, o que equilibraria os preços PY e BR em pouco tempo, inviabilizando a operação.
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A quantidade de animais abatidos no Paraguai é insignificante comparando com a indústria da carne brasileira. E você o que achou da idéia de importar animais vivos para o abate?