Índice nacional de preços mostra deflação pelo segundo mês seguido

Queda no mês foi maior que a projetada pelo mercado; índice ainda mostra uma alta de +4,63% no ano e 7,96% em12 meses; dados foram divulgados pelo IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou deflação de 0,37% setembro, após também ter mostrado queda de 0,73% em agosto, informou na manhã desta terça-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi maior do que o consenso Refinitiv, que esperava -0,20%no mês.

Com o resultado anunciado nesta quarta, o IPCA-15 acumula uma alta de +4,63% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 7,96%. A projeção era maior, de 8,13%.

Apesar da deflação, apenas três grupos de produtos e serviços dos nove pesquisados tiveram queda em setembro. Influenciado pelo item “combustíveis”, o grupo dos Transportes registrou recuo de 2,35% nos preços e deu a maior contribuição em pontos percentuais (-0,49 p.p.) do índice.

Os preços dos subitens etanol (-10,10%), gasolina (-9,78%), óleo diesel (-5,40%) e gás veicular (-0,30%) recuaram na comparação mensal, com a gasolina contribuindo com o impacto negativo mais intenso, de -0,52 ponto porcentual entre os 367 subitens pesquisados no IPCA-15 de setembro.

Esse resultado decorre da redução no preço do produto vendido para as distribuidoras, em 16 de agosto (R$ 0,18 por litro) e em 2 de setembro (R$ 0,25/l). Ainda em Transportes, também houve queda em ônibus urbano (-0,08%), graças à redução dos preços das passagens aos domingos em Salvador (-0,82%), praticada desde 11 de setembro.

Na outra ponta dentre desse grupo, houve aumento de preços em passagens aéreas (8,20%), que voltaram a subir após a queda de 12,22% em agosto, e nos itens seguro voluntário de veículo (1,74%), emplacamento e licença (1,71%) e conserto de automóvel (0,62%).

Foto: Pixabay

Comunicação e alimentos

Também registraram queda nos preços os grupos Comunicação (-2,74%) e Alimentação e bebidas (-0,47%). Nesse último, o índice foi puxado para baixo pela alimentação no domicílio (-0,86%). Entre os subitens, destacam-se os recuos do óleo de soja (-6,50%), do tomate (-8,04%) e do leite longa vida (-12,01%). Apesar dessa queda em setembro, o preço do leite acumula alta de 58,19% no ano no IPCA-15.

Os subitens que tiveram alta no grupo foram cebola (11,39%), frango em pedaços (1,64%) e frutas (1,33%).

Já a alimentação fora do domicílio desacelerou e passou de 0,80% em agosto para 0,59% em setembro. O item lanche (0,94%) segue em alta, com variação próxima à do mês anterior (0,97%), enquanto a refeição também desacelerou: de 0,72% para 0,36%.

Regiões

Por regiões, nove das 11 áreas apresentaram deflação em setembro. A maior queda ocorreu em Recife (-0,93%), influenciada pelo recuo nos preços da gasolina (-13,85%). Já o maior aumento foi em Belém (0,50%), puxado pela alta da energia elétrica residencial (10,52%).

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