
CNA relata que indústrias do Nordeste estão com dificuldade em vender produtos derivados do leite, como queijos, no Sul produtores estão tendo que descartar o leite.
Diante do fechamento de restaurantes por conta do avanço do coronavírus, indústrias do Nordeste estão recomendando aos produtores de leite que reduzam a captação da matéria-prima nas próximas semanas. O fato foi confirmado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) após criar um canal de comunicação para o setor enviar dificuldades que enfrentam por conta da pandemia.
“Esse é um problema grave porque a vaca não é uma máquina, que você desliga. Se interromper o processo produtivo, você só vai poder retomar isso daqui um ano, isso se não tiver problemas reprodutivos”, comenta o superintendente técnico Bruno Lucchi.
Ele ressalta que aumentaram as queixas de agricultores sobre comercialização dos produtos agropecuários. Há casos de produtores de hortaliças que estão sem conseguir vender por conta do fechamento de feiras livres. “Há acúmulo nas ceasas e os preços daqueles que conseguiram negociar caiu”, relata.
Dificuldade em vender produtos lácteos leva produtores a descartarem leite
Cooperativas e laticínios de todo o país estão com dificuldades para vender produtos lácteos de validade mais curta, principalmente queijos, diante do fechamento de restaurantes, bares e lanchonetes.
Além disso, também há estradas fechadas em estados como o Rio Grande do Sul, que ainda não atendeu o decreto federal. Isso faz com que os produtores tenham que descartar leite, conforme informado pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).
Além da dificuldade do transporte do leite, há também problemas com o funcionamento de casas agropecuárias onde os insumos precisar sair para chegar nas casas. Para solucionar isso, o presidente da entidade afirma “O que temos feito é no sentido que o decreto federal seja cumprido em todos os estados e municípios porque alimentação é prioritário”.
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Para os produtores de leite, muitos encontram o desafio de vender produtos de qualidade curta, como o queijo. Por outro lado, a busca por alimentos de maior duração, como o leite em pó, está com bastante busca.
“Nós vamos enfrentando esse problema no Brasil inteiro; trabalhando com conselheiros, ministra e falando com vários parlamentares para em cada estado a situação se normalize, para que não exista nenhuma restrição quanto ao transporte”, completa Borges.
Fonte: Canal Rural