Mato Grosso recuou R$ 16 bilhões de seu VBP em 2023

O recuo significativo no Valor Bruto da Produção (VBP) no estado do Mato Grosso, principal contribuinte para o agronegócio brasileiro, pode acarretar diversas consequências para os produtores locais; confira

No cenário agrícola brasileiro, o estado do Mato Grosso permanece como protagonista, contribuindo com R$ 184,3 bilhões para o Valor Bruto da Produção (VBP) em 2023, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). No entanto, essa cifra representa uma queda notável de aproximadamente 8,2% em comparação ao ano anterior, quando o setor agropecuário mato-grossense alcançou a marca de R$ 200 bilhões.

A soja continua a ser a cultura dominante no VBP, embora apresente uma redução de 7,7%, totalizando R$ 92,2 bilhões em 2023 em comparação com os R$ 99,9 bilhões de 2022. Em segundo lugar, o milho registrou um recuo de 8,8%, atingindo a cifra de R$ 38,6 bilhões em 2023, frente aos R$ 42,4 bilhões de 2022.

Houve mudanças notáveis no ranking dos produtos agropecuários analisados. O frango, que ocupava a quinta posição, cedeu espaço para a cana-de-açúcar, enquanto o ovo ascendeu uma posição, alcançando a oitava colocação com um VBP de R$ 1,3 bilhão. O faturamento do setor de frango atingiu R$ 2,6 bilhões em 2023, em comparação com os R$ 2,8 bilhões de 2022.

A carne bovina manteve-se firme na terceira posição do ranking estadual, contribuindo com um VBP de R$ 21,1 bilhões. Os resultados do Mato Grosso revelam que 85% desse valor são provenientes das lavouras, totalizando R$ 156,6 bilhões, enquanto os restantes 15% são provenientes da pecuária, somando R$ 27,6 bilhões.

Consequências para os produtores

O recuo significativo no Valor Bruto da Produção (VBP) no estado do Mato Grosso, principal contribuinte para a produção agropecuária brasileira, pode acarretar diversas consequências para os produtores locais. Algumas dessas repercussões incluem:

Redução da renda agrícola: Com a diminuição do VBP, os produtores podem enfrentar uma redução na renda agrícola. Isso impacta diretamente na capacidade de investir em tecnologias, insumos e infraestrutura, prejudicando o desenvolvimento e modernização das atividades agrícolas.

Ajustes nas estratégias de cultivo: Diante das mudanças nos valores de produção de culturas-chave, como soja e milho, os produtores podem ser incentivados a reavaliar suas estratégias de cultivo. Isso pode envolver a busca por culturas mais rentáveis, diversificação de produção ou adoção de práticas agrícolas mais eficientes.

Impacto nas finanças agrícolas: O recuo no VBP pode gerar um impacto negativo nas finanças dos produtores, especialmente aqueles que possuem empréstimos ou financiamentos vinculados à produção. Menos receitas podem dificultar o pagamento de dívidas e comprometer a saúde financeira das propriedades.

Desafios na tomada de decisões: Produtores podem enfrentar desafios na tomada de decisões estratégicas para suas propriedades. A incerteza em relação aos preços futuros das commodities agrícolas e as condições de mercado pode tornar mais difícil planejar e implementar ações apropriadas para otimizar a produção.

Reflexos nas cadeias produtivas locais: O desempenho do setor agropecuário está intrinsecamente ligado às cadeias produtivas locais. A diminuição do VBP pode impactar negativamente outras indústrias e serviços que dependem da agricultura, gerando efeitos cascata na economia regional.

Necessidade de adaptação e inovação: Diante de desafios econômicos, os produtores podem sentir a necessidade de buscar inovações e adaptações em suas práticas agrícolas. Isso pode envolver a implementação de tecnologias mais eficientes, práticas sustentáveis ou a procura por novos mercados e oportunidades.

Em resumo, as consequências para os produtores estão diretamente relacionadas às mudanças nos valores de produção, demandando adaptação, planejamento cuidadoso e possíveis ajustes nas estratégias para enfrentar os desafios econômicos do setor agrícola.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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