Mercado de soja inicia em ritmo lento e aguarda dados do USDA

Preços seguem em patamares pouco atrativos, afastando os produtores, que preferem se atentar ao desenvolvimento das lavouras.

Com Chicago reagindo, mas com prêmios e dólar em baixa, a tendência é de um dia de movimentação moderada nesta sexta. Os preços seguem em patamares pouco atrativos, afastando os produtores, que preferem se atentar ao desenvolvimento das lavouras.

O mercado manteve os preços em baixa na quinta-feira. Sem muitas novidades, os agentes aguardam os relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O lado vendedor, inclusive, possui alguma esperança de alta na Bolsa de Mercadorias de Chicago. Durante o dia, alguns lotes pontuais foram vendidos para a indústria, porém sem uma maior relevância.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 126,00 para R$ 124,00. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 120,50 para R$ 116,50 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço diminuiu de R$ 130,00 para R$ 128,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço decresceu de R$ 118,00 para R$ 115,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca desvalorizou de R$ 129,00 para R$ 126,00.

Em Rondonópolis (MT), o preço declinou de R$ 123,00 para R$ 121,00. Em Dourados (MS), a baixa foi de R$ 113,00 para R$ 112,00. Em Rio Verde (GO), a saca recuou de R$ 118,50 para R$ 116,00.

USDA

* O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá reduzir a sua estimativa para estoques finais e safra de soja em 2023/24 nos Estados Unidos. Os números serão divulgados na sexta,12, às 14h.

* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 239 milhões de bushels em 2023/24. Em dezembro, a previsão ficou em 245 milhões de bushels. Para a safra, a aposta é de um pequeno corte, passando de 4,129 bilhões para 4,123 bilhões de bushels.

* Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2023/24 de 112,2 milhões de toneladas, contra 114,2 milhões de toneladas estimadas em dezembro. Para a safra do Brasil, a aposta é de que o número recue de 161 para 156,3 milhões de toneladas. Para a Argentina, o mercado aposta em número de 48,9 milhões, acima dos 48 milhões indicados em dezembro.

* Os estoques trimestrais norte-americanos de soja na posição 1o de dezembro deverão ficar abaixo do número indicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em igual período do ano anterior. A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 2,982 bilhões de bushels. Em igual período do ano anterior, o número era de 3,021 bilhões de bushels. Em 1º de setembro, data do relatório anterior, os estoques estavam em 268 milhões de bushels.

Chicago

* Os contratos com vencimento em março registram alta de 0,52% e cotação de US$ 12,43 por bushel.

* O mercado estende os ganhos da quinta-feira, seguindo o forte desempenho do petróleo com alta de 4% em Nova York. Os preços são sustentados pelo avanço das bolsas de valores da Europa, com o acirramento da tensão no Oriente Médio.

* Até o momento, a posição março/24 ainda acumula 1,1% de perdas semanais.

* Além disso, os investidores operam em compasso de espera pelo relatório dos estoques trimestrais e da safra de soja em 2023/24 nos Estados Unidos.

Prêmios

* Os preços FOB da soja e os prêmios apresentaram retração ontem nos portos brasileiros, apesar da recuperação modesta dos contratos futuros em Chicago. A falta de demanda e a entrada de uma safra volumosa no mercado pesaram sobre as cotações em mais um dia de pouca atividade.

* Os prêmios de exportação da soja para fevereiro estavam em -90 e -60 centavos de dólar sobre Chicago no final da quinta no Porto de Paranaguá. Para março de 2024, o prêmio era de -85 a -80. Para maio de 2024, o prêmio estava em -75 a -70 pontos, conforme dados de SAFRAS & Mercado.

* O preço FOB (flat price) para março ficou entre US$ 423,10 e US$ 432,30 a tonelada na quinta. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 423,10 e R$ 430,50.

Câmbio

* O dólar comercial opera com baixa de 0,05% a R$ 4,8727. O Dollar Index sobe 0,21% a 102,50 pontos.

Indicadores financeiros

* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, -0,16%; Tóquio, +1,50%

* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +0,68%; Frankfurt, +0,51%; Londres, +0,60%.

* O petróleo registra cotações mais altas. O WTI para fevereiro sobe 3,86% a US$ 74,80 o barril.

Fonte: Agência Safras

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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