Milho: safra não cobre as despesas

Ao mesmo tempo em que os custos operacionais diminuíram, o preço de venda do milho para a safra 2023/24 sofreu uma forte desvalorização, atingindo o valor de R$ 32,78 por saca.

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou relatório que sobre a safra de milho de 2023. De acordo com o levantamento, houve uma queda de 0,72% no Custo Operacional Efetivo (COE) do milho no estado em relação ao mês anterior.

Segundo a publicação, essa redução nos custos ocorreu devido à diminuição nos gastos com arrendamento (-3,90%), operações mecanizadas (-1,86%) e insumos (-0,34%), que incluem sementes, fertilizantes, corretivos e defensivos, em comparação com o mês de abril de 2023.

No entanto, ao mesmo tempo em que os custos operacionais diminuíram, o preço de venda do milho para a safra 2023/24 sofreu uma forte desvalorização, atingindo o valor de R$ 32,78 por saca. Com o Ponto de Equilíbrio de R$ 42,52 por saca, o valor pago pelo produto está 22,91% abaixo do custo de produção.

Considerando esse cenário de preços abaixo do Ponto de Equilíbrio, seria necessário que o rendimento atingisse pelo menos 142,76 sacas por hectare para que um produtor médio consiga cobrir seus custos.

Enquanto os produtores enfrentam esse desafio, a colheita da safra de milho continua avançando em Mato Grosso. De acordo com o novo levantamento do Imea, 8,35% das lavouras já foram colhidas no estado. No mesmo período da safra passada, esse índice era de 16,61%, e a média dos últimos cinco anos era de 25,57%. 

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