Ministra recebe pedido para frear importações de lácteos

Segundo informações o parlamentar solicitou um plano para frear com urgência as importações de lácteos vindas da Argentina. Confira abaixo!

Segundo informações do site do deputado Domingos Sávio (PSDB/MG), o parlamentar solicitou durante audiência com a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), nessa terça-feira (2), um plano para frear com urgência as importações de lácteos vindas da Argentina. O parlamentar sugeriu, inclusive, a instalação de CPI para investigar os desequilíbrios existentes na cadeia leiteira. “Não vamos aceitar a importação de leite com isenção total de imposto”, disse. 

Reivindicações como estas  já ocorreram anteriormente no segundo semestre de 2020, momento em que o volume de importações de leite teve grande alta. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as importações brasileiras de derivados lácteos apresentaram, no acumulado de 2020, o maior volume desde 2016 e resultam em um aumento de 124% em comparação com o mesmo período de 2019.

O encontro contou com a participação do presidente da Fecoagro Leite Minas e da Cemil, Vasco Praça Filho, além de Geraldo Borges, presidente da Abraleite, que destacou que o leite é produzido por 98% dos municípios brasileiros, motivo pelo qual requer atenção também do Ministério da Economia. “Se o produtor de leite é prejudicado toda a cadeia produtiva é impactada, colocando em risco todo um setor econômico”, afirmou.

Vale ressaltar que o mercado atual vem apontando queda nas importações, segundo análises realizadas pelo MilkPoint Mercado, trazendo certo “alívio” para o elo produtivo. Levando em consideração os preços praticados no leilão GDT nessa terça-feira (2), os valores do leite importados são pouco competitivos quando comparados com os valores internos.

Considerando uma taxa de câmbio de R$ 5,43 (média da 4ª semana de janeiro), este leite entraria no Brasil a cerca de R$ 2,26/litro, mais alto diante dos R$ 1,85/litro negociados no Spot para primeira quinzena de fevereiro e os R$ 2,03/litro pagos ao produtor na média (CEPEA/ESALQ).

Fonte: Milk Point

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