Míssil russo mata maior empresário de cereais; Vídeo

Apenas em 2021, a maior empresa de comércio de cereais do país, exportou 5,64 milhões de toneladas de produtos agrícolas, principalmente milho, trigo e cevada, para um total de 38 países.

O empresário Oleksiy Vadatursky, de 74 anos morreu na noite de sábado (30) após um ataque russo na Ucrânia. A mansão do milionário, na cidade de Mykolaiv, foi atingida por morteiros, matando o oligarca e sua esposa, Raisa Mykhailivna.

Segundo a agência Efe, Oleksei Vadatursky, de 74 anos e dono da maior empresa de comércio de cereais do país (Nibulon), e a sua esposa, Raisa Mykhailivna, são as duas vítimas mortais de um “bombardeamento massivo” que atingiu a cidade de Mykolaiv durante a madrugada de hoje.

A Nibulon é uma gigante do setor agrícola ucraniano especializada na produção e exportação de trigo, cevada e milho. Ele e a mulher morreram este domingo vítimas de um bombardeamento russo à cidade de Mykolaiv, no sul, considerado pelas autoridades ucranianas como o mais violento desde o início da guerra.

Segundo uma estimativa de 2020 da revista Forbes, Oleksei Vadatursky possuía uma fortuna avaliada em 450 milhões dólares (440 milhões de euros), sendo um dos homens mais ricos do país.

Em 2021, a sua empresa exportou 5,64 milhões de toneladas de produtos agrícolas, principalmente milho, trigo e cevada, para um total de 38 países. A morte do empresário e da mulher foi confirmada pelo governador da região de Mykolaiv, Vitali Kim.

De acordo as autoridades ucranianas, os ataques desta noite a Mykolaiv atingiram e danificaram também um hotel, duas escolas, um complexo desportivo e uma estação de serviço.

O presidente da Câmara de Mykolaiv, Oleksandr Senkevych, escreveu no Telegram que este terá sido o bombardeamento “mais violento” à cidade desde o início da guerra, em fevereiro, segundo noticia a agência AFP.

Na mesma publicação, o autarca diz que foram ouvidas “fortes explosões”, por duas vezes, na noite de sábado para domingo. Já na sexta-feira, um ataque a uma paragem de autocarros na região de Mykolaiv tinha feito, pelo menos, cinco mortos.

Oleksei Vadatursky

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou no sábado para a retirada da população na região de Donetsk, para escapar ao “terror russo”, devido ao bombardeamento de cidades no leste do país que estão a causar baixas civis.

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, também já tinha anunciado a retirada obrigatória de toda a população da região de Donetsk, uma das duas regiões administrativas na região do Donbass, que permanece parcialmente sob controlo de Kiev.

Iryna Vereshchuk justificou esta decisão com a destruição das redes de gás e pela ausência de aquecimento no próximo inverno na região. Segundo as autoridades ucranianas, Moscovo lançou na madrugada de sábado ataques contra várias cidades na Ucrânia.

Estes ataques somam-se à destruição na sexta-feira de uma prisão em Donetsk, onde morreram 50 prisioneiros ucranianos, e que motivou acusações mútuas entre Kiev e Moscovo sobre a responsabilidade do bombardeamento.

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A Rússia lançou em fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 5.100 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Ucrânia retoma exportações de grãos e ministro cita “alívio” para o mundo

A Ucrânia retomou nesta segunda-feira (1) as exportações de grãos, depois que um navio carregado com milho zarpou do porto de Odessa, o primeiro desde o início da invasão russa, seguindo o acordo assinado com a Rússia que pretende aliviar a crise alimentar mundial.

“O navio ‘Razoni’ zarpou do porto de Odessa com destino ao porto de Trípoli, no Líbano. Deve chegar em 2 de agosto a Istambul. Seguirá a rota até o destino após as inspeções que serão feitas em Istambul”, anunciou o ministério turco da Defesa.

“O navio ‘Razoni’ zarpou do porto de Odessa com destino ao porto de Trípoli, no Líbano. Deve chegar em 2 de agosto a Istambul. Seguirá a rota até o destino após as inspeções que serão feitas em Istambul”, anunciou o ministério turco da Defesa.

Rússia e Ucrânia são grandes potências agrícolas e responsáveis por abastecer grande parte do mercado mundial com trigo, milho e óleo de girassol. Analistas calculam que entre 20 e 25 milhões de toneladas de grãos estão bloqueados nos portos ucranianos desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, o que provocou a disparada dos preços.

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