
Segundo um porta-voz do hospital ouvido pelo jornal The New York Times, ainda não é possível afirmar se o corpo do paciente rejeitou o órgão ou não, mas o caso será investigado com cuidado pelos pesquisadores.
David Bennett, a primeira pessoa a receber o coração de um porco geneticamente modificado em uma cirurgia de transplante, morreu nessa terça-feira (09/03) no Centro Médico da Universidade de Maryland (EUA), no mesmo lugar onde o procedimento foi realizado dois meses atrás. Segundo um porta-voz do hospital ouvido pelo jornal The New York Times, ainda não é possível afirmar se o corpo do paciente rejeitou o órgão ou não, mas o caso será investigado com cuidado pelos pesquisadores.
O paciente era portador de uma doença cardíaca terminal. Após passar meses na cama ligado a uma máquina de suporte à vida, esperando e sendo rejeitado na lista de espera para receber um coração humano, ele concordou em participar da pesquisa experimental. Um dia antes da cirurgia, Bennett declarou que: “Era morrer ou fazer esse transplante. Eu quero viver. Eu sei que é um tiro no escuro, mas é minha última opção”.
Esse tipo de procedimento em que um animal transplanta um órgão, um tecido ou células para outra espécie é conhecido como xenotransplante e ele já é utilizado pela medicina moderna, como, por exemplo, nos usos de válvulas cardíacas ou enxertos da pele do porco no tratamento de seres humanos. Mas a expectativa para o futuro é que o procedimento consiga crescer e, assim, ser viável para aliviar a fila de pessoas que aguardam por doações de órgãos.
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Segundo informações, o porco doador pertencia a um rebanho que passou por uma técnica de modificação genética, que removeu um gene que poderia desencadear uma forte resposta imune no corpo do ser humano transplantado com o órgão. A responsável por esse procedimento foi a empresa de biotecnologia Revivicor.
Bartley Griffith, o médico que executou a cirurgia, afirmou ao jornal estadunidense que o hospital está “devastado” com a perda de Bennett e que ele se provou ser “um paciente corajoso e nobre que lutou até o final”.
Fonte: The New York Times