Negócio bilionário do Marfrig pode não ser tão bom

A estratégia da Marfrig, anunciada na segunda-feira, de comprar o frigorífico norte-americano National Beef, é levemente positivo para sua nota crédito, afirma a agência de rating Fitch.

A companhia brasileira chegou a um acordo para a aquisição de 51% das ações da empresa que é a quarta maior processadora de carne bovina dos Estados Unidos. A Marfrig pagará US$ 969 milhões pela participação e diz que, concluída a transação, passará a ter um faturamento consolidado de R$ 43 bilhões.

A Fitch diz que a estratégia é positiva uma vez que vai melhorar a diversificação geográfica da Marfrig, levando em conta produção e vendas. Já sobre a questão financeira, a agência afirma que “o impacto financeiro em termos de alavancagem é muito pequena”.

“Os riscos de execução desta transação são gerenciáveis porque a atual gerência sênior da National Beef permanecerá na empresa por cinco anos após o fechamento da transação”, informa.

Em relação à venda da subsidiária da Marfrig nos Estados Unidos, a Keystone Foods, também anunciada ontem, a Fitch relata que isso vai ajudar a empresa a atingir metas de alavancagem, mas aumentaria o risco de negócios da empresa, já que a Keystone Food fornece um fluxo de caixa relativamente estável.

A Keystone gera a maior parte de suas vendas por meio da venda de produtos avícolas processados nos EUA para o McDonald’s, ressalta a Fitch.

A agência afirma, ainda, que os fundamentos para o mercado de carne bovina devem se manter positivos nos próximos dois anos para Brasil e Estados Unidos.

A agência observa que a produção global de carne bovina deve crescer 2% em 2018, para 62,6 milhões de toneladas, com os dois países respondendo por cerca de metade deste crescimento sozinhos, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Com informações do Valor.

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