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Novas cultivares de mandioca de alta produção são lançadas

“Após 20 anos de pesquisas, chegamos a duas cultivares de mesa que reúnem qualidades para gerar renda aos produtores e agradar muito aos consumidores”, diz Feltran.

O Programa de Melhoramento de Mandioca do Instituto Agronômico (IAC) lança duas cultivares de mandioca de mesa: a IAC 6-01 e a IAC 28-00. O objetivo das pesquisas realizadas durante 20 anos é disponibilizar ao mercado mandiocas com alta produtividade e baixo tempo de cozimento das raízes tuberosas, além de resistência à bacteriose, principal doença da cultura, e adaptadas ao sistema de produção.

IAC 6-01 tem quatro vezes a média de teor de betacaroteno e coloração amarelo ouro após cozida

A IAC 6-01 reúne qualidades que agradam aos consumidores e aos agricultores. Para o consumidor, a IAC 6-01 oferece polpa amarela, com teor de betacaroteno equivalente a 800 UI de vitamina A — em média as cultivares no mercado têm, no máximo, 240 UI de vitamina A. O betacaroteno é uma das formas de se obter naturalmente a vitamina A.

“Além desse incremento na qualidade nutricional do alimento, a IAC 6-01 ainda tem cozimento rápido, inferior a 35 minutos. Ou seja, traz o pacote completo para conquistar apreciadores em varejões e mercados”, comenta José Carlos Feltran, pesquisador do IAC.

Para os agricultores, a nova cultivar atrai pelo potencial produtivo superior a 30 toneladas por hectare, sendo colhida 12 meses após o plantio. As raízes têm formato cilíndrico regular, com plantas compactas de porte alto: primeira ramificação tem em torno de 0,60 cm.

IAC 28-00 destaca-se pela excelente qualidade das raízes cozidas

Com alta produtividade — tem potencial produtivo superior a 35 toneladas por hectare. As raízes têm formato cônico cilíndrico regular e a película da raiz é de cor marrom claro, com polpa creme. A colheita é feita 12 meses a partir do plantio, em uma planta compacta de porte alto, tendo a primeira ramificação altura em torno de 0,60 cm. Para o consumuidor, a boa notícia é o cozimento rápido: em menos de 30 minutos já está pronta para ser saboreada.

“Após 20 anos de pesquisas, chegamos a duas cultivares de mesa que reúnem qualidades para gerar renda aos produtores e agradar muito aos consumidores”, diz Feltran.

As avaliações do material começaram em 2001 e foram feitas em várias regiões paulistas, incluindo São José do Rio Pardo, Monte Alegre do Sul, Pindamonhangaba e Engenheiro Coelho. “Nesses experimentos constatamos estabilidade e capacidade produtiva dessas duas cultivares de mesa do IAC”, diz o pesquisador do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).

IAC 90 tem alto rendimento industrial e excelente qualidade na produção de farinha e de fécula

A cultivar de mandioca para indústria IAC 90 destaca-se pela alta produtividade, com potencial produtivo superior a 25 toneladas por hectare, com um ciclo. Outro destaque está na casca das raízes claras e com polpa branca. Segundo Feltran, essas características, somadas ao alto teor de matéria seca nas raízes, são muito apreciadas pela indústria de farinha e fécula. “A película clara e o alto teor de matéria seca, que nesta cultivar é de cerca de 36%, proporcionam alta qualidade e alto rendimento industrial na produção de farinha e de fécula”, afirma.

IAC 118-95 é uma das mais produtivas do mercado

A cultivar IAC118-95 de mandioca para indústria é uma das mais produtivas do mercado. Seu potencial produtivo é superior a 30 toneladas por hectare com um ciclo. Tem caractéristicas muito apreciadas pela indústria de farinha e fécula por apresentar película da raiz creme claro e polpa de cor branca muito intenso, além de alto teor de matéria seca nas raízes — cerca de 40% de matéria seca. Esse pacote tecnológico proporciona elevada qualidade e alto rendimento industrial na produção de farinha e de fécula. “Tanto a IAC 90 como a IAC 118-95 têm raízes longas de formato cônico cilíndrico regular e pouca presença de fibras, perfil que é apreciado pelo mercado”, afirma Feltran.

As duas cultivares de mandioca IAC para indústria resultam de pesquisas iniciadas na década de 1990. Os experimentos, feitos em Assis, Santa Maria da Serra, Presidente Prodente e Martinópolis, no interior paulista, permitiram constatar a estabilidade e a capacidade produtiva dos novos materiais em diferentes ambientes e épocas. Os materiais estão registrados junto ao Registro Nacional de Cultivares do Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (RNC/MAPA).

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