Novo capim vai mudar a pecuária brasileira, veja!

Desempenho de bovinos já está sendo testado em campo experimental da Embrapa Cerrados em Planaltina-DF, onde a nova cultivar foi consorciada com milho

avanço dos sistemas integrados de produção no Brasil está sendo acompanhado de perto pelo competente setor de pesquisa agropecuária no Brasil. Em reportagem, o pesquisador da Embrapa Cerrados Gustavo Braga, que é zootecnista e doutor em ciência animal e pastagens, confirmou que a entidade já está trabalhando no lançamento da BRS Integra, uma cultivar de Brachiaria ruziziensis especialmente selecionada para o consórcio com milho.

Os sistemas de integração envolvem a produção de grãos, fibras, madeira, energia, leite ou carne na mesma área, em plantios em rotação, consorciação e/ou sucessão. O sistema funciona basicamente com o plantio, durante o verão, de culturas agrícolas anuais (arroz, feijão, milho, soja ou sorgo) e de árvores, associado a espécies forrageiras (braquiária ou panicum).

Há várias possibilidades de combinação entre os componentes agrícola, pecuário e florestal, considerando espaço e tempo disponível, resultando em diferentes sistemas integrados, como lavoura-pecuária-floresta (ILPF), lavoura-pecuária (ILP), silvipastoril (SSP) ou agroflorestais (SAF).

“A ideia desse ensaio aqui nessa área (campo experimental da Embrapa Cerrados em Planaltina-DF), que tem por volta de oito hectares, é fazer uma avaliação de desempenho animal. Depois que a gente colher o milho e formar pastagem, a gente vai dividir a área em piquetes, e nessa área a gente está testando a BRS Integra, que é o próximo lançamento da Embrapa”, revelou.

“É uma cultivar da espécie Brachiaria ruziziensis, que é a mais utilizada para formação de área como planta de cobertura em consórcios com milho, e a ideia é fazer esse teste da BRS Integra em condições de campo e avaliando o desempenho animal. […] Inclusive esse ensaio é uma exigência do Ministério da Agricultura, uma norma antes de lançar o material para determinado bioma, que no nosso caso é o Cerrado”, disse.

“A gente tem que conduzir esse ensaio, apresentar ao Mapa e só depois de chancelado pelo Ministério da Agricultura, quando a gente vai entender os benefícios da planta em relação à testemunha, que é a cultivar mais antiga, é que a gente lança a cultivar para o bioma Cerrado. E, se possível, a gente pode desfrutar das características, das vantagens desse material”, projetou Braga.

O pesquisador deu detalhes do desempenho do sistema em que está sendo testada a nova cultivar. “Essa área foi plantada há cerca de 50 dias. Foi feito primeiro a semeadura a lanço da Brachiaria ruziziensis em área de uma pasto de braquiária previamente dessecado. Logo após essa semeadura foi feito o plantio do milho em cima do capim dessecado. Vocês veem pelo estande que a gente teve um sucesso bastante significativo no plantio dessa área, tanto para o milho quanto para a braquiária. A ideia do consórcio é justamente essa, de otimizar o uso dessa área”, sustentou.

Por: FARIA, Gabriel Rezende

O zootecnista elencou os benefícios que o consórcio traz para o produtor rural. “Para o agricultor, a grande vantagem é ter junto com o seu cultivo de milho uma planta de cobertura, em que a Brachiaria ruziziensis é uma das mais indicadas. Ela é uma planta de cobertura que vai servir ao propósito de fazer o plantio direto para a próxima safra. Todos conhecem os benefícios do plantio direto, desde o controle de plantas daninhas, melhor infiltração da água no solo, a própria braquiária ajudando na recuperação. A gente sabe que essas características atendem ao pecuarista, mas também atendem ao agricultor na formação de um consórcio visando o plantio direto para o seu sistema de produção”, destacou.

O pesquisador deu detalhes do desempenho do sistema em que está sendo testada a nova cultivar. “Essa área foi plantada há cerca de 50 dias. Foi feito primeiro a semeadura a lanço da Brachiaria ruziziensis em área de uma pasto de braquiária previamente dessecado. Logo após essa semeadura foi feito o plantio do milho em cima do capim dessecado. Vocês veem pelo estande que a gente teve um sucesso bastante significativo no plantio dessa área, tanto para o milho quanto para a braquiária. A ideia do consórcio é justamente essa, de otimizar o uso dessa área”, sustentou.

O zootecnista elencou os benefícios que o consórcio traz para o produtor rural. “Para o agricultor, a grande vantagem é ter junto com o seu cultivo de milho uma planta de cobertura, em que a Brachiaria ruziziensis é uma das mais indicadas. Ela é uma planta de cobertura que vai servir ao propósito de fazer o plantio direto para a próxima safra. Todos conhecem os benefícios do plantio direto, desde o controle de plantas daninhas, melhor infiltração da água no solo, a própria braquiária ajudando na recuperação. A gente sabe que essas características atendem ao pecuarista, mas também atendem ao agricultor na formação de um consórcio visando o plantio direto para o seu sistema de produção”, destacou.

O pesquisador lembrou ainda da otimização viabilizada pelo sistema dos recursos disponíveis no solo. “A grande vantagem é justamente essa. O nutriente que você usaria para formar a pastagem exclusiva, agora você usa para fazer a lavoura de milho consorciado. E o grande benefício é esse, é você ter uma silagem disponível para os animais no período da seca e ter um pasto com uma área corrigida, adubada, e o mais importante: em uma época de déficit de forrageira, que é a partir de março, abril e maio. Você vai ter um pasto como nenhum outro na sua propriedade”, projetou.

Compre Rural com informações do Giro do Boi

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