O que esperar da suinocultura paranaense?

O mercado de produção suína é um ambiente dinâmico e interconectado, sobre o qual as oscilações econômicas e os eventos internacionais exercem grande impacto.

No último ano, acompanhamos muitas notícias sobre a saída de suinocultores da atividade, e entre os que permanecem, dificuldades seguem sendo enfrentadas. O peso dos altos custos produtivos é considerado o estopim desse problema.

O ano de 2023 iniciou com significativa queda nos preços de soja e milho, decorrente da safra altamente produtiva, preços internacionais em queda e recuo do dólar. “Essa conjuntura fez com que o custo produtivo caísse drasticamente, porém o preço do suíno vivo se manteve estável e até em queda. Essa soma de fatores retrata um suinocultor sem dinheiro para capital de giro, com aumento significativo em custos variáveis e somados à depreciação da propriedade”, pontua a médica-veterinária e técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR, Nicolle Wilsek.

Médica-veterinária e técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR, Nicolle Wilsek: “Chama atenção a dificuldade que enfrenta a produção integrada, produtores afundados em dívidas, pagando apenas suas contas, com propriedades depreciadas sem oportunidade de reformas e melhorias” – Fotos: Divulgação/Arquivo OPR

O mercado de produção suína é um ambiente dinâmico e interconectado, sobre o qual as oscilações econômicas e os eventos internacionais exercem grande impacto. Notícias como aumento do preço da carne suína na China e grandes desafios econômicos na Europa, culminando na liquidação de seu rebanho de matrizes em 2021/22, traçam uma perspectiva de recuperação econômica na suinocultura paranaense com notáveis sinais de melhora. “Durante a realização dos painéis do levantamento de custo, identificamos que o número de fêmeas alojadas nas granjas aumentou, bem como os dias de lactação e, principalmente, retomada no peso de abate padrão”, declarou.

Nicolle também diz que foram observados que houve melhora nos saldos dos custos produtivos, porém todas com prejuízo no custo final. “Chama atenção a dificuldade que enfrenta a produção integrada, produtores afundados em dívidas, pagando apenas suas contas, com propriedades depreciadas sem oportunidade de reformas e melhorias, o que leva a um cenário de falência nos próximos anos se o valor de remuneração não for revisto pelas grandes agroindústrias”, avalia.

Fonte: Sistema Faep/Senar-PR

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