Ofertar R$ 10/@ a menos é desrespeito ao produtor

Scot Consultoria afirma que na segunda-feira, 6, o mercado apresentou baixo volume de negócios; frigoríficos que estiveram ativas tentaram diminuir valores ofertados.

O mercado do boi gordo apresentou baixa movimentação na nesta segunda-feira, 6, em boa parte das praças pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria, com os compradores fora das compras, aguardando uma definição do mercado.

Nessas regiões, embora os preços de referência não tenham mudado, alguns frigoríficos, que estavam ativos, ofertaram preços menores pela arroba do boi em relação à sexta-feira, 3, e, com isso, o volume de negócios inexistiu ou foi pequeno. Esse foi o cenário vigente em São Paulo, Pará e Mato Grosso, por exemplo.

Em São Paulo, as indústrias que estavam ativas abriram as oferta de compra deprimindo o preço em até R$ 10 por arroba. Com ofertas de R$ 190 à vista, bruto. Nesse patamar, o volume de negócios foi mínimo. No estado, as escalas de abate atendem em torno de cinco dias.

Para os frigoríficos habilitados para o mercado chinês, a oferta de boiadas limitada, tendo em vista o requisito de os animais serem abatidos com no máximo trinta meses, mantém as cotações firmes.

Neste caso, em São Paulo, as ofertas de compra giram em torno de R$ 200 a R$ 205 por arroba, à vista e bruto, considerando o macho terminado.

Segundo o app da Agrobrazil, foram baixos os números de negócios concretizados na última segunda-feira, 06, situação normal já que os frigoríficos não tem a tendência de grandes volumes de compra neste dia. Pecuaristas de Paraíso das Águas/MS, informaram negócios de R$ 180/@ à vista e com abate para o dia 20 de abril. Em Minas Gerais, Uberaba, tivemos 195/@ com 30 dias para pagamento e abate para o dia 17 de abril.

No app da Agrobrazil, a média para a praça de São Paulo, foi de R$ 195,50/@. Já na média Cepea, tivemos um valor de R$ 201/@ para o boi gordo à vista, uma alta de 0,34%.

O mercado físico do boi gordo teve preços de estáveis a mais baixos nesta segunda-feira-feira. “Os frigoríficos seguem reavaliando suas estratégias na compra de gado após mudanças substanciais no padrão de consumo em meio ao isolamento social. Mesmo no ambiente externo há grandes incertezas, avaliando que relevantes parceiros comerciais atravessam por um quadro ainda mais complicado, caso da União Europeia, para onde algumas remessas já foram canceladas, enquanto contratos com exportadores sul-americanos estão sendo revisados”, assinalou o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. 

Compre Rural com informações da Scot Consultoria, Agrobrazil e Safras&Mercado

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM