Onça pintada é encontrada morta com 7 tiros no Pantanal; Corpo do animal foi encontrado por um funcionário do Instituto Homem Pantaneiro dentro do rio Paraguai, no Mato Grosso do Sul.
Uma onça pintada foi encontrada morta, com 7 perfurações à bala, em uma análise inicial, na região do rio Paraguai, no Mato Grosso do Sul, no último domingo (5). O animal foi identificado por um funcionário do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), organização privada, sem fins lucrativos, que trabalha na preservação do Pantanal.
De acordo com o IHP, a Polícia Militar Ambiental foi acionada para fazer uma segunda apuração e encaminhar o caso para os órgãos de investigação, a fim de responsabilizar o autor dos disparos. O organização acredita que se trata de algum morador que se assustou com a aproximação do bicho.
O diretor de Relações Institucionais do IHP, Angelo Rabelo afirma que a caça não é comum na região. “A caça ficou restrita ao manejo tradicional de fazenda. Quando a onça ‘viciava’ na carne do gado.”
De acordo com o diretor de relações internacionais do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo, serão tomadas as providências para identificar o autor. “Fato lamentável iniciarmos o ano com esse fato que entristece a todos nós devido a agressividade com a natureza, e em especial com uma espécie ameaçada”, disse Rabelo.
O termo viciar é usado pela população local para apontar uma situação na qual o animal se acostuma com a facilidade de matar o gado e realiza repetidos ataques ao invés de buscar alimento na naturezxa.
Em entrevista, o coronel Queiroz, porta-voz da Polícia Militar Ambiental (MS), disse, “[A onça] pode ter sofrido os ferimentos em outro local, e morrido no rio. Vamos fazer uma ocorrência. Estamos indo com uma veterinária, para encaminhar para Polícia Federal, pois estava no rio da União”, diz Queiroz.
O coronel frisou que a caça de animais silvestres no Brasil não é permitida em todo território nacional. É crime matar mamíferos, répteis e aves. Durante a temporada de pesca aberta, que vai de 29 de fevereiro (ano bisexto) até 5 de novembro, alguns animais da fauna aquática são permitidos, de acordo com as regras e padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
- Federarroz alerta para possível redução de área plantada e impacto das chuvas na produção total
- Nota oficial do Mapa sobre as declarações da Danone
- dsm-firmenich apresenta resultados do Censo de Confinamento e avanços no setor pecuário brasileiro
- Anec eleva previsões de exportação de soja, milho e farelo de soja do Brasil em dezembro
- Bovinos confinados chega a 7,96 milhões de cabeças, um recorde histórico
No eixo entre a Serra Amolar e Porto Jofre, região do rio Paraguai no Mato Grosso do Sul, o turismo movimenta R$100 milhões anuais, e um dos itens principais é a observação das onças.
De acordo com a monitoração do IHP, existem na região em torno de 50 a 100 animais. “Com o tempo a onça começou a fazer parte da cadeia de negócio do turismo. Essa coisa de dar tiro é grosseira”, diz Rabelo.
Relembre o fato que mais movimentou o Brasil em Novembro de 2019, o caso do “Carrapicho, o matador de onça”:
Um vídeo que circula pela Internet mostrando três onças pintadas abatidas vem provocando polêmica nas redes sociais. Aparentemente comemorando a matança do que seria uma família de felinos ameaçados de extinção, uma mulher enaltece a obra do caçador, do qual ela o chama de “Carrapicho”.
A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul está apurando um vídeo que circula nas redes sociais em que três onças aparecem mortas na carroceria de caminhonete. Nas imagens, o caçador aparece e é chamado de ‘matador de onça’ por quem filma. Conforme o porta-voz da polícia, Coronel Queiroz, a suspeita é de que o caso tenha ocorrido na região do Araguaia, no Mato Grosso, mas o levantamento ainda está sendo feito.
Compre Rural com informações do R7