Pandemia causa milhões de mortes

Cientistas investigam vírus que poderá infectar centenas de milhões de suínos. Ainda não há cura e animais estão sendo sacrificados. Veja o que se sabe até agora!

Pesquisadores e autoridades sanitárias de todo o planeta concentram esforços para investigar um dos maiores surtos de uma doença já registrados entre animais: nos últimos meses, a febre suína africana já afetou milhões de porcos em fazendas de países como Mongólia, Vietnã, China e em regiões do Leste Europeu.

Causada por um vírus que se espalha com rapidez entre os suínos, a doença não afeta os humanos, mesmo consumindo a carne dos animais contaminados. 

O que chama a atenção dos veterinários especializados em epidemias é o alto grau de letalidade da doença: a taxa de mortalidade entre os suínos infectados é de praticamente 100%.

Outra característica considerada preocupante é a resiliência do vírus, que sobrevive a altas temperaturas e continua presente em amostras de sangue congelado. De acordo com estudos recentes, a carga viral estaria presente durante ao menos seis meses em carnes suínas processadas, como o salame.

A febre suína africana foi registrada pela primeira vez no início do século 20, quando cientistas investigavam doenças que afetavam os porcos na África. Ao longo das décadas, surtos foram registrados na Europa, em países africanos e em Cuba — após um período de “desaparecimento”, o vírus retornou com intensidade nos últimos meses. 

A China, uma das maiores produtoras de carne suína do mundo, é um dos países que correm o risco de sofrer grandes perdas econômicas com a doença: para 2019, projeções indicam que os criadores de porcos precisarão sacrificar até 35% dos animais por conta da doença.

Atualmente, há cerca de 440 milhões de suínos que vivem no país asiático: segundo as projeções mais pessismistas, até 200 milhões de porcos serão abatidos no país neste ano por conta da doença.

Até o momento, os pesquisadores não encontraram uma cura para a febre suína africana e também não relataram mutações significativas nas características do vírus que possam trazer potenciais riscos à humanidade. 

Fonte: Revista Galileu

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