
Pastagens cedem espaços para lavouras a redução vem sendo registrada nos últimos anos no interior de São Paulo. Veja a situação!
A família de Thiago Perez cria 500 bois das raças nelore, angus e brangus. Mas o pasto que ocupou quase mil hectares por cinco décadas cedeu espaço para os canaviais. Agora, pecuária e agricultura dividem a área da fazenda pela metade.
A cana é arrendada para uma usina e o pagamento é mensal. Essa foi uma escolha tomada para equilibrar as contas.
Thiago Perez diz que só consegue vender bezerros no máximo duas vezes ao ano, embora os custos sejam mensais. Já a cana-de-açúcar garante uma renda contínua.
A redução de pastagem vem sendo registrada nos últimos anos. O Instituto de Economia Agrícola (IEA) aponta que, entre os anos de 2016 e 2018, o recuo foi de quase 3% no Estado de São Paulo.
Na região de Araçatuba (SP), que ficou conhecida por ser a Capital do Boi Gordo, o pasto perdeu ainda mais espaço. Cláudio Antônio Baptistella, agrônomo na Secretaria de Agricultura do Estado, lembra que a redução foi de 15%.
O agrônomo explica que essa mudança é para ter solo que garanta maior rentabilidade. Entre as opções de cultura estão soja, milho e cana-de-açúcar.
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Na fazenda de Thomas Arias Rocco, o cultivo de cana e grãos passou a ocupar 70% da área da propriedade. O produtor diz que o investimento no cultivo de grãos começou depois de perceber que a pastagem extensiva e a degradação do solo estavam prejudicando as finanças da fazenda.
Thomas também acredita que a diversidade de cultivos diminui os riscos e melhora os ganhos. Para ele, embora a pecuária ocupe um espaço menor, a correção das áreas de pastagem permite criar mais bois com maior produtividade.
Fonte: G1