Pecuária viverá ciclo positivo nos próximos 20 anos, opina executivo

Afirmação é de Pedro Bordon, Diretor da Frigol, durante debate sobre as perspectivas para a exportação de carne bovina no Encontro de Confinamento e Recriadores da Scot Consultoria

Compartilhando seus quase 40 anos de experiência no segmento de proteína animal, o diretor comercial da Frigol, Pedro Bordon, palestrou no Encontro de Confinamento e Recriadores (ECR 2022) da Scot Consultoria, na última semana. O executivo argumentou a importância da exportação de carne bovina para a cadeia pecuária brasileira e participou de uma roda de perguntas junto a outros palestrantes presentes.

De acordo com o diretor comercial da empresa, existe a expectativa de um ciclo muito positivo para os próximos 10 a 20 anos para pecuária bovina. “Para a Frigol, é extremamente importante estar cada vez mais próxima da cadeia fornecedora de sua principal matéria-prima. Pecuaristas e frigoríficos precisam trabalhar juntos em busca de um animal que atenda as demandas do mercado e que ajude ambas as frentes a se tornarem mais eficientes e rentáveis. Essa foi uma oportunidade para todos se unirem e debatem sobre a situação do mercado e melhores práticas do mercado”, compartilhou Pedro.

Pedro Bordon discursando no Encontro de Confinamento e Recriadores (ECR 2022) / Foto: Divulgação
Pedro Bordon discursando no ECR 2022) / Foto: Divulgação

De acordo com ele, a retomada do setor está ligada ao crescimento populacional e consequente aumento do consumo per capita da proteína bovina. Isso leva o executivo a crer que haverá um aumento na demanda mundial no curto e longo prazo. E já é possível ver sinais de recuperação do setor nos últimos resultados financeiros da companhia. Este ano, o frigorífico alcançou seu melhor resultado em um 1º trimestre, arrecadando uma receita líquida de R$ 993 milhões.

O valor representa um crescimento de 51% para a companhia, quando comparado ao resultado do mesmo período em 2021. O lucro líquido foi de R$ 72 milhões. Além disso, o índice Ebitda também teve um desempenho histórico, atingindo R$ 93 milhões, e gerou uma alavancagem de 0,8 vezes, um dos menores níveis do mercado.

Mesmo com desafios como a alta da inflação, dos juros e a crise com China, a empresa conseguiu manter um saldo positivo. A disciplina e a eficiência na gestão contribuíram para a receita líquida do grupo crescesse 23% em 2021, chegando a R$ 2.960 milhões. O lucro líquido foi de R$ 41 milhões, um crescimento material de 308% em relação a 2020.

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