Pecuaristas querem preço justo pela arroba do boi

O preço tem sofrido grande pressão de baixa por parte da indústria e do consumo interno por causa do coronavírus, mas o produtor precisa fechar as contas!

Com a demanda incerta, devido aos impactos do coronavírus no Brasil e no mundo, a baixa disponibilidade de boiadas tem sido o fator de sustentação da cotação da arroba. Ou seja, ao longo de março, a desvalorização somente não foi maior em função da oferta restrita.

Os produtores estão mais unidos e buscando maior sustentação para os preços da arroba. As chuvas e boa disponibilidade de pasto tem ajudado na retenção desse animal pronto, o produtor precisa fechar as contas e por isso não vai aceitar preço baixo na arroba. A reposição tem estado escassa e também com preços elevados, fator que pressiona ainda mais o pecuarista da recria-engorda para não vender barato.

Arroba a R$ 200 já se torna realidade no estado de São Paulo, pressão por parte dos pecuaristas é fundamental nesse momento!

Como estão os preços no mercado?

Segundo o app da Agrobrazil, o número de negociações concretizadas pelo país são menores, mas seguem com sustentação no preço, já que o pecuarista impõe melhores preços para concretizar as negociações. Pecuaristas de Uberaba/MG, fizeram vendas de R$ 200/@ com 30 dias para pagamento e abate para o dia 30 de março.

Já em Piquerobi/SP, a novilha China ficou em R$ 19/@ com pagamento em 8 dias e abate em 01 de abril. O pecuarista de Rancharia/SP, a arroba ficou cotada em R$ 202 com pagamento à vista e abate dia 01 de abril.

Para onde vai a arroba do boi no curto prazo?

A corrida aos supermercados na última semana deverá ajudar a dar alguma sustentação ao boi ao redor dos R$ 190,00 em São Paulo. No curtíssimo prazo.

Mais que isso, o mercado está sem bússola e vai depender do grau impacto da crise pandêmica e até se houver algum relaxamento de restrições a bares e restaurantes – e se os consumidores comparecerem, naturalmente.

A visão é da Agrifatto, com base na melhora da originação sentida por parte dos frigoríficos, e do endurecimento dos pecuaristas que não estão entregando à base dos R$ 180,00 a R$ 185,00, como os compradores estão oferecendo no balcão.

O analista da consultoria, Gustavo Resende Machado, também acredita em oferta de animais acabados pequena. No entanto, há que se estimar que a lentidão dos negócios anula um pouco essa desvantagem dos frigoríficos.

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