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Pecuaristas sofrerão pressão de custos em 2021

Segundo os dados da CNA, Confederação Nacional da Agricultura, os pecuaristas devem ter margens mais apertadas em 2021, confira as análises!

As margens de lucros devem ser mais apertadas para a pecuária no ano de 2021 em função da alta nos custos com alimentação, conforme foi divulgado pela a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Já para os preços da arroba, a tendência é que os valores devem continuar em patamares próximos à média dos últimos meses de 2020 diante da baixa disponibilidade de animais para o abate.

O aumento nos custos da alimentação está sendo impactado pela a alta demanda interna e externa de milho e farelo de soja, principais insumos que compõem a ração animal, associada a possíveis impactos na produção de grãos como consequência do fenômeno climático La Niña,.

Os custos da ração vão comprometer a renda do produtor que opta pela utilização de estratégias intensivas na fase de terminação, como o confinamento. “Nesse caso, os custos com a reposição de boi magro ainda estarão altos e a tendência de aumento nos custos com a ração também causarão redução das margens da atividade”, informou a Confederação.

Com relação à oferta de animais, a retenção de fêmeas deve se estender até o final do próximo ano e isso continuará comprometendo na falta de animais prontos para abate, como foi observado em 2020. Somando a isso, a expectativa de demanda está pouco superior à oferta, mantendo a pressão positiva nos preços.

O destaque na demanda em 2021 será para a carne bovina, cuja perspectiva é de aumento de até 700 gramas per capita no ano em relação à média de 2020, segundo análise da CNA frente aos dados disponibilizados pelo IBGE, USDA, Banco Central e Banco Mundial.

“Se houver recuperação da economia brasileira e relaxamento das medidas de distanciamento social, com retorno à normalidade das atividades de bares e restaurantes, o aumento na renda do consumidor brasileiro viabilizará o retorno do consumo de proteínas de carnes e lácteos”, destacou a CNA.

A expectativa é que a recuperação da economia mundial em 2021 afetará as exportações de carnes, uma vez que manterá a demanda por produtos de origem animal elevada, sustentando os preços e o protagonismo do Brasil no mercado internacional dessa proteína.

No entanto, a preocupação inicial do setor de carnes é a recuperação da quantidade de matrizes suínas na China, que vem ocorrendo em ritmo acima do esperado desde a crise da Peste Suína Africana em 2018. As projeções do banco holandês, Rabobank, apontam que a recuperação total do rebanho chinês deverá ocorrer apenas em meados de 2024/2025.

“A produtividade das matrizes que estão sendo utilizadas está inferior ao esperado e, ainda, há o período de cerca de 10 meses para que os animais nasçam e atinjam idade de abate. Para a carne bovina brasileira, a expectativa é de ampliação de até 5% no volume exportado em relação ao projetado de 2020”, ressaltou a Confederação.

Pecuária Leiteira

O cenário é incerto para a bovinocultura leiteira em 2021, já que a cadeia é altamente dependente do mercado doméstico e uma possível segunda onda de contaminação da Covid-19 pode influenciar diretamente o consumo e a demanda de produtos lácteos no próximo ano.

As projeções da CNA apontam que o aumento nos custos de produção tende a manter as margens da atividade comprimidas, em especial no primeiro semestre do próximo ano, antes da entrada da safrinha de milho e da entressafra de leite.

A estiagem que está prevista nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país em função do fenômeno La Niña pode trazer impactos sobre a oferta de leite. “A menor disponibilidade ou qualidade do volume de chuvas deve prejudicar a produção de pastagens e afetar as três regiões representam 79,6% da produção nacional de leite”, disse a CNA.

Nesse contexto, a tendência inicial é que a disputa entre os laticínios fique mais acirrada, forçando a sustentação dos preços do produto em patamares mais elevados. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que a produção brasileira de leite crescerá apenas 1,3% em 2021. “O valor conservador se justifica em função da alta nos custos da alimentação do rebanho e da grande possibilidade de abate de matrizes em função do preço da arroba”, informou. 

Com informações do Notícias Agrícolas

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