Político que fez desmatamento ilegal recebe multa de milionária

Operação encontra mais 1 mil hectares desmatados em fazenda de Cavalcante; Um dos alvos foi a fazenda do próprio prefeito de Cavalcante. Veja!

Mais de mil hectares desmatados foram detectados em fazenda do município de Cavalcante por agentes da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) na sexta-feira (26). Proprietário do imóvel foi multado em R$ 2,124 milhões pelos 1.029 hectares de mata derrubada ilegalmente. Desses, 7,48 hectares pertencem à Área de Proteção Permanente (APA) Pouso Alto.

A denominada Operação Presença integra força-tarefa iniciada na última segunda (22). Mais de 20 pontos foram visitados, onde foram constatados sítios de mineração irregulares e desmatamentos.

Um dos flagrantes ocorreu em propriedade do próprio prefeito de CavalcanteJosemar Saraiva Freire, que emitiu licenças irregulares para permitir supressão de mata em suas terras. Na oportunidade, máquinas utilizadas para derrubada de árvores foram apreendidas”.

Na última quarta (24), mineração próxima da Chapada dos Veadeiros foi fechada. Lá, 11 máquinas usadas na extração irregular de minério foram apreendidas. Elas são avaliadas em R$ 2,6 milhões.

A operação contra desmatamento

desmatamento ilegal do cerrado segue como problema em Cavalcante. No começo do mês foram 530 hectares em áreas do território do quilombo Kalunga.

Desde segunda-feira (22), o governo de Goiás, por meio de equipes da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), com apoio das forças policiais, atua para conter a destruição de áreas nativas e de atividades de mineração sem licença em 24 alvos. A área total é de 2.500 hectares.

Um dessas áreas é do prefeito Josemar Saraiva Freire (PSD), que diz ter sido pego de surpresa, uma vez que tinha licença. “O trator não era meu, mas a área sim”, revelou ao Mais Goiás. O gestor que possui uma fazenda com 480 hectares na região.

Segundo ele, os funcionários estavam na posse de uma licença ambiental do município, tirada em 2019, mas foram informados que ela não valia. A limpeza seria feita em 40 hectares. “Em área de cerrado, mas fora de território Kalunga e sem nascentes próximas”, garantiu. “Só soube que não podia depois que fui autuado.”

Josemar foi multado em R$ 184 mil e teve a área embargada. Ele diz que, quando notificado, irá recorrer. Mas por enquanto, esta desolado. “Nem sei o que posso fazer. Hoje nem tenho coragem de ir lá. Meu funcionário até pediu conta.”

Adaptado do Mais Goiás

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