Mesmo com a queda da arroba do boi, não há movimentação no preço da carne.
No último mês de setembro assistimos grandes alterações na cadeia produtiva da agropecuária. Como era de se esperar as grandes mudanças provocam ajustes nem sempre acompanhados ao mesmo tempo pelos elos da cadeia, porém existe neste momento uma distorção que chama atenção do mais leigo observador, e deixa o consumidor confuso, já que ele escuta nos noticiários sobre a grande baixa dos preços da arroba do boi, mas percebe que não há movimento no preço da carne.
Houve quedas de 15% a 20% na arroba do boi e na carne da indústria para o atacado, mas no balcão não teve nenhuma queda, ou seja, foi 0%, o que o varejo baixou em seus produtos. Distorção que mostra a ganância de um elo que não quer fazer parte de uma corrente da cadeia.
Nesta confusão inadvertidamente, se começa a achar culpados, queimando amigos e parceiros de luta, por isso, está na hora de o balcão mostrar sua parceria, baixando os preços do produto e proporcionando maior vazão a nossa produção.
- Burro, mula ou cavalo, qual o melhor para lida do gado
- Conheça as fazendas de Léo Magalhães, criador de Mangalarga
- Raças bovinas portuguesas que produzem uma das melhores carnes do mundo
- Maior prédio do mundo confina 650.000 suínos; Vídeo
- Carne mais cara do mundo, Dry Aged de Wagyu, custa US$ 3.200
Se há um inimigo articulando intriga em nosso meio esta é a hora de mostrarmos nossa união sem crucificar amigos. Os balcões dos açougues e supermercados precisam se engajar na cadeia e não se apresentarem como inimigos.
A globalização pode nos causar instabilidades, nas quais não há culpados, precisamos absorver prejuízos e termos serenidade para emergir na frente e mostrar o que nos diferencia.
Fonte: Sindifrigo MT