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Problema não é o preço do leite, é o custo do leite!

Mais um ano de grande entrave no setor leiteiro. Os custos continuam a subir, e os produtores estão se vendo com a margem cada vez mais apertada!

Os custos de produção da atividade leiteira subiram em novembro deste ano, frente ao mês anterior. Segundo o indicador calculado pela Scot Consultoria teve alta de 2,2% no período. Produtores de todo o Brasil estão certos de uma coisa: “O problema não é o preço do leite e sim o custo para se produzir um litro de leite”. Até quando se sustenta esse cenário? 

Uma grande movimento dos pecuaristas marcou o ano de 2019 e, com certeza, deve ser um diferencial para o ano de 2020. O CONSTRUINDO LEITE BRASIL, mobilizou pecuaristas de norte a sul do país, além de políticos, técnicos e amantes da pecuária leiteira. Algumas pautas antigas do setor já começaram a se tornar palpáveis em alguns locais.

Entretanto, a precificação do leite e a falta de políticas públicas ainda é um grande limitante para a classe produtora poder ter melhores margens na atividade. Assim como em qualquer atividade, o diferencial não está na receita, mas sim no quanto o custo de produção impacta no lucro final do pecuarista.

A alta dos alimentos energéticos e proteicos, com destaque para o milho em decorrência da valorização do câmbio e a boa movimentação para a exportação, dos produtos para sanidade animal e dos combustíveis fizeram os custos de produção da pecuária aumentarem em novembro. 

Em relação a igual período do ano passado, o indicador está 5,4% maior este ano. Já na receita, o produtor viu o seu boletim do leite vir mais enxuto no último pagamento. Uma queda justificada pelo baixo consumo, fez o setor amargar mais uma vez o prejuízo.

Com a queda no preço do leite pago ao produtor e aumento nos custos de produção, a margem da atividade se estreitou em novembro. O cenário projetado para o próximo mês não deverá ser diferente, já que todos os itens que mais pesam nos custos, continuam em alta.

O mercado de exportação de grãos deve continuar subindo, o milho já é negociado a mais de R$ 47 a saca, o dólar está ajudando no aumento das exportações e a demanda externa é crescente. Do lado consumidor, o final de ano nunca representa um grande consumo, já que é marcado pelas festividades e início das férias escolares.

Entretanto, é com grande otimismo que o produtor de leite ainda é um guerreiro e segue firme na atividade. As vacas recebem o melhor que lhe pode ser ofertado, a qualidade do leite é garantida e, se tudo der certo, com o avanço da economia as coisas vão melhorar.

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