
A estiagem, que prejudicou pastagens já implantadas e o plantio de novas, e os custos crescentes da atividade estão entre as causas da queda na produção!
A produção leiteira paranaense diminuiu nos últimos dias. Entre as principais causas estão a estiagem, que prejudicou pastagens já implantadas e o plantio de novas, e os custos crescentes da atividade. A análise está no Boletim de Conjuntura Agropecuária elaborado pelo Deral, Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 8 a 14 de maio.
Fábio Mezzadri, MédicoVeterinário do Deral, explicou que o Estado vive uma situação de falta de chuvas generalizadas há quase 60 dias, prejudicando as pastagens e com menos oferta de alimento, a produção se reduz.
Aliado a isso, Fábio destaca que o atual período é de transição de pastagens. Mezzadri, disse que as dificuldades do produtor não se restringem às pastagens. As lavouras de milho safrinha destinadas à produção de silagem foram igualmente prejudicadas pela estiagem e muitas não poderão ser usadas para alimentar o rebanho.
Como em outras atividades, também na agropecuária o uso de tecnologias garante uma condição mais confortável. É o que acontece com produtores de leite da região centro-oriental do Estado, explicou o Médico Veterinário.
O boletim retrata também a situação da cultura de feijão no Paraná, que igualmente sofre as consequências de adversidades climáticas. Da produção inicial projetada para a segunda safra de 491 mil toneladas, estima-se redução de, pelo menos, 93 mil toneladas, segundo levantamento do final de abril. O milho é outra cultura que tem sentido o problema hídrico.
A segunda safra 2020/21 continua apresentando piora nas condições de lavoura. Sobre o trigo, o documento fala da importação de 2 milhões e 200 mil toneladas pelo Brasil no primeiro quadrimestre de 2021. Grande produtor do cereal, o Paraná também está importando e é responsável por 7% do que entrou no País.
O boletim registra, ainda, as previsões divulgadas nesta semana para uma safra brasileira de 135 milhões e 410 mil toneladas de soja no período 2020/21, também afetada pela seca.
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A avicultura também é destaque, sobretudo em razão de a Arábia Saudita ter anunciado, nesta semana, a suspensão de importação de carne de frango de 11 plantas frigoríficas brasileiras, três delas instaladas no Paraná.
De forma unilateral, os sauditas alegaram que ultrapassaram limites e padrões microbiológicos estabelecidos em regulamento. Sobre a suinocultura, o documento preparado pelos técnicos do Deral registra exportação de 346 mil e 400 toneladas de carne entre janeiro e abril de 2021.