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Produtores de soja se posicionam contra queimadas criminosas

No entendimento das entidades, o setor produtivo é principal vítima desses crimes na medida em que tem suas propriedades, ameaçadas pelas chamas.

Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e suas 16 associadas estaduais condenam a prática das queimadas criminosas que atingem regiões de vegetação e de produção agrícola no Norte. No entendimento das entidades, o setor produtivo é principal vítima desses crimes na medida em que tem suas propriedades, lavouras e áreas de preservação, que estão sob sua responsabilidade, ameaçadas pelas chamas.

A associação considera importante ponderar, no entanto, que a ocorrência de incêndios florestais no bioma amazônico coincide com o período de estiagem na região, entre junho e agosto, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Agência Nacional de Águas (ANA) coletados entre 1981 e 2011.

A entidade afirma, também, que é contrária ao desmatamento ilegal e a toda forma de supressão de vegetação nativa que não esteja legalmente autorizada pelo Código Florestal.

“O posicionamento está expresso na Carta de Palmas, documento elaborado em junho deste ano em que os sojicultores reafirmam a sustentabilidade da soja no cerrado brasileiro perante sociedade, governos e empresas do Brasil e do exterior”, diz, em nota.

Portanto, para o bem do debate sobre a sustentabilidade ambiental, econômica e social, é importante saber discernir entre o desmatamento ilegal e o desmatamento autorizado pelo Código Florestal para não criminalizar aquele empreendedor rural que faz investimentos, gera empregos e desenvolvimento obedecendo aos limites impostos pela legislação ambiental brasileira.

Dados falam por si

Segundo dados levantados pela Embrapa Territorial e confirmados por imagens de satélite captadas pela Agência Espacial Norte Americana (Nasa), dos 851,6 milhões de hectares que compõem o território nacional, 66,3% estão preservados, o que equivale a 564,8 milhões campos de futebol.

A produção de soja, principal cultura agrícola do país, ocupa apenas 4% da área total do país, o que equivale a 36 milhões de hectares. Dos 66,3% de vegetação nativa do país, 25% delas estão dentro de fazendas. Ou seja, o Brasil é um dos poucos países em que a preservação ambiental é uma responsabilidade compartilhada entre poder público e produtores rurais.

Ainda de acordo com dados da Nasa, entre os dez países com maior extensão territorial, o Brasil é o sétimo em ocupação de áreas de lavouras (7,6%), ficando atrás da Índia (60,5%), Estados Unidos (18%), China (17,7%), Argentina (14%), Cazaquistão (9,6%) e Rússia (9,5%).

E entre os países que fazem parte do G-20, o Brasil é o terceiro que mais possui cobertura arbórea (61%), incluindo vegetação nativa e florestas plantadas, ficando atrás apenas da Indonésia (85%) e do Japão (71%).

Importância da soja

Além de a soja brasileira também tem papel relevante na sustentabilidade econômica e social do país. Segundo a Aprosoja, a cadeia produtiva movimenta US$ 70 bilhões por ano no Brasil. Para cada US$ 100 exportados, US$ 14,00 são oriundos da soja, que gera em torno de 15 milhões de empregos diretos, indiretos e induzidos.

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em 1991, 79% dos municípios rurais apresentavam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo e 20% deles muito baixo. Em 2018, 57% dos municípios rurais passaram a apresentar IDH alto e 38% deles IDH médio. “Ou seja, onde tem soja, há melhora na qualidade de vida dos brasileiros”, afirma a entidade.

Fonte: Canal Rural

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