Projeto Campo Futuro levanta custos de produção de grãos em Santa Catarina

Os encontros ocorreram de forma virtual, com a participação do Cepea (Esalq), representantes da Faesc, dos Sindicatos Rurais, cooperativas e produtores.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, nesta semana, painéis de levantamento de custos de produção da safra 2022/23, de soja, milho, feijão, trigo e arroz em Santa Catarina, dentro do Projeto Campo Futuro. Os eventos contaram com a parceria do Sistema Faesc/Senar (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e Sindicatos Rurais de Xanxerê, Campos Novos, Tubarão e Araranguá.

Os encontros ocorreram de forma virtual, com a participação do Cepea (Esalq), representantes da Faesc, dos Sindicatos Rurais, cooperativas e produtores. Na segunda (26), o levantamento aconteceu em Xanxerê, para as culturas da soja, milho, feijão e trigo. Na terça (27), em Campos Novos, o levantamento levou em consideração as culturas da soja, milho e trigo. Em Araranguá, região representada pela produção de arroz, o painel ocorreu na quarta (28).

O presidente Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, reconheceu o importante papel que os painéis do Campo Futuro desempenham para fortalecer o setor produtivo. “As informações levantadas pelo projeto são essenciais para que o produtor possa gerenciar seus negócios com êxito. O Campo Futuro supre a necessidade de informações locais e regionais, gerando dados seguros das culturas analisadas. Dessa forma, além do produtor ter mais controle sobre as despesas e investimentos, temos condições de trabalhar políticas públicas que beneficiem a agropecuária”.

O presidente do Sindicato Rural de Xanxerê e vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, o presidente do Sindicato Rural de Campos Novos, Luiz Sérgio Gris, e o presidente do Sindicato Rural de Araranguá, Rogério Pessi, ressaltaram a importância dos painéis para analisar a realidade da cadeia produtiva de grãos e, com isso, contribuir para as tomadas de decisão no campo.

Entenda o cenário de cada região

O assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, destacou que de forma geral, as produtividades variaram dentro das regiões, mas com colheita dentro do esperado para soja e milho em Xanxerê, mesmo com a pressão da ferrugem da soja e veranicos.

Em Campos Novos, de acordo com Pereira, as baixas temperaturas e a falta de chuvas limitaram as produtividades das culturas. A região de Araranguá observou clima favorável para o cultivo de arroz, com colheita de 175 sacas por hectare. A produtividade média da soja variou de 65 scs/ha em Campos Novos até 77 scs/ha em Xanxerê. Para o milho 1ª safra, as produtividades médias fecharam em 188 scs/ha em Xanxerê e 150 scs/ha em Campos Novos.

O trigo apresentou produtividades médias em Xanxerê e em Campos Novos de 73 e 60 scs/ha, respectivamente. Para o feijão, a chuva limitou as produtividades médias em Xanxerê (27,5 scs/ha). “Em geral, os insumos pesaram nos custos de produção, principalmente para os fertilizantes e defensivos agrícolas. Em Xanxerê, os fertilizantes para o milho subiram 76% enquanto em Campos Novos esse aumento foi de 78% para o trigo. Os gastos com herbicidas para a soja em Xanxerê subiram 193% e para os fungicidas em Araranguá, 116%”, concluiu Tiago Pereira.

Campo Futuro

Neste ano estão previstos 141 painéis que reunirão informações sobre a realidade produtiva nas cinco regiões do Brasil. Os levantamentos dos custos em 2023 envolverão 128 municípios em 24 estados brasileiros.

Os encontros ocorrem tanto no formato presencial quanto no virtual e são divididos da seguinte forma: cereais, fibras e oleaginosas (36); pecuária de corte (17); pecuária de leite (15); cana-de-açúcar (15); avicultura (7), suinocultura (5), cafeicultura (15); fruticultura (10); aquicultura (6); horticultura (7) e silvicultura (8).

Fonte: Assessoria

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