
Maior raio do mundo é registrado no Rio Grande do Sul, com 709 km; O fenômeno que atingiu o país equivale à distância em linha reta de Fortaleza (CE) a Teresina (PI), ou entre Goiânia (GO) e Campo Grande (MS).
Um raio de 709 quilômetros que atingiu o Rio Grande do Sul em 31 de outubro de 2018 foi reconhecido nesta quinta-feira, 25, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) como o mais extenso do mundo, ultrapassando o recorde anterior, registrado em Oklahoma, nos Estados Unidos, com 321 quilômetros.
De acordo com a entidade, o raio que atingiu o Sul do país equivale à distância em linha reta entre Fortaleza (CE) e Teresina (PI), ou entre Goiânia (GO) e Campo Grande (MS).
A OMM também reconheceu o raio com duração mais longa, registrado na Argentina, em 4 de março do ano passado, com duração de 16,73 segundos. Ele também é mais que o dobro do recorde anterior, de 7,74 segundos registrado na França em 30 de agosto de 2012.
Ainda de acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o registro só foi possível porque houve pregressos recentes em sistemas de satélites de observação que permitem mensurar continuadamente o comprimento e a duração dos relâmpagos nas extensões geoespaciais, explicou Randall Cerveny, relator-chefe do comitê de especialistas.
Raio cortou o Sul do Brasil em outubro de 2018; além deste recorde, organização também anunciou o registro do raio mais longo, em segundos, na Argentina.

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“Isso fornecerá informações valiosas para o estabelecimento de limites à escala de raios – incluindo megaflashes – para questões de engenharia, segurança e científicas. É provável que ainda existam extremos ainda maiores e que possamos observá-los à medida que a tecnologia de detecção de raios melhorar”, disse ele.
Alerta
A OMM reiterou os perigos do raio e de fatalidades que ocorrem todos os anos. O conselho oficial da agência é seguir a regra 30 a 30: se o tempo entre o raio e o trovão for menor que 30 segundos, permaneça dentro de algum local seguro e aguarde 30 minutos após o último clarão observado, para retomar as atividades ao ar livre.
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Raios no Brasil
De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 78 milhões de raios caem todos os anos no Brasil. Entre 2000 e 2019, 2,1 mil pessoas morreram devido à incidência de raios –a cada 50 mortes por raio no mundo, 1 é registrada no Brasil. O estado com mais mortes por raios, de 2000 a 2019, foi São Paulo, com 327 óbitos.
Veja abaixo os números:
- 78 milhões de raios caem todos os anos no Brasil
- A cada 50 mortes por raio no mundo, 1 é no Brasil
- De 2000 a 2019, 2.194 pessoas morreram no Brasil, por incidência de raios
- O estado que mais registrou mortes por raios no período foi SP (327), seguido por MG (175) e PA (162)
- 26% das mortes ocorreram na área rural; 21% em casa; 9% próximo à água; 9% debaixo de árvores; 8% em áreas cobertas; 7% em áreas descampadas; entre outros.
Segundo o Elat, a incidência de raios diminuiu 20% na cidade de São Paulo no período inicial da quarentena. Segundo o cientista Osmar Pinto Junior, coordenador do Elat, o motivo foi a queda na emissão de poluentes atmosféricos, com a redução de veículos nas ruas.
Fonte: Canal Rural