Rei da Soja compra 83% do potássio da safra 22/23; vídeo

A SLC, uma das maiores produtores de grãos do país, com mais de 660 mil hectares, anunciou que já compra 83% do potássio da safra 22/23; lucro anual supera R$1 bi pela 1º vez!

A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de grãos e oleaginosas do Brasil, informou que já comprou 83% de cloreto de potássio para a safra 2022/23, a ser plantada a partir de setembro, em um cenário de oferta global mais escassa de fertilizantes diante da guerra na Ucrânia, apontou a Reuters. Na safra 2020/2021, a produção totalizou cerca de 470 mil hectares plantados e a estimativa para a safra 2021/2022 é de 660 mil hectares.

A SLC Agrícola, fundada em 1977 pelo Grupo SLC, é produtora de soja, algodão e milho, além de trabalhar com criação de gado, fazendo a integração lavoura pecuária. Também é detentora da marca SLC Sementes, que produz e comercializa sementes de soja e algodão.

Em relatório na noite de terça-feira sobre os resultados em 2021, quando o lucro da SLC superou 1 bilhão de reais pela primeira vez, a companhia afirmou também que já comprou 49% dos fertilizantes fosfatados, além de 59% dos defensivos que precisará para a nova safra.

Garantir altas produtividades é essencial para o sucesso da SLC Agrícola. No entanto, a influência do clima é relevante na performance das lavouras. Por isso, é adotado um modelo de diversificação geográfica que minimiza os potenciais riscos climáticos regionais e a incidência de pragas e doenças.​

Foi uma das primeiras empresas do setor a ter ações negociadas em Bolsa de Valores, tornando-se uma referência no seu segmento. Com Matriz em Porto Alegre (RS), a Empresa possui 22 Unidades de Produção estrategicamente localizadas em sete estados brasileiros.

A empresa, que tem fazendas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Bahia e Goiás, declarou ainda que não realizou compras de fertilizantes nitrogenados, que podem ser negociados “até o final do segundo semestre de 2022”.

A relação de troca entre preço de commodities e fertilizantes está sendo acompanhada e o restante dos insumos será negociado no melhor momento”, disse a SLC, em momento de altas de produtos agrícolas. Já os insumos sofrem pressão de custos pela alta do petróleo e questões de oferta, uma vez que a Rússia é grande fornecedora e normalmente a principal exportadora de fertilizantes ao Brasil.

https://youtu.be/9u6a_gYYNoI

“A política de hedge é bem estruturada e visa garantir um bom nível de margem para a companhia. Dado a fixação de parte dos insumos, avançamos no hedge para a safra 2022/23, atingindo bons preços tanto para as commodities, quanto para o câmbio”, afirmou.

Dessa forma, ressaltou a SLC, “a nossa expectativa é que o aumento de custos será compensado pelo aumento na receita através de preços mais altos, mantendo margens em patamares similares aos últimos anos”.

Recorde de produtividade na soja pelo quarto ano consecutivo

Na safra 2020/21, a SLC Agrícola colheu 3.970 quilos por hectare, com 5,7% acima do previsto. O resultado bruto da soja no faturamento da empresa no segundo trimestre foi de R$ 385,6 milhões, crescimento de 176,6%. O lucro líquido da empresa no segundo trimestre foi de R$ 447,2 milhões, alta de 128,1%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Com Matriz em Porto Alegre (RS), a Empresa possui 16 Unidades de Produção estrategicamente localizadas em 6 estados brasileiros que totalizaram 448.568 hectares no ano-safra 2019/20.

As fazendas estão localizadas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Pernambuco e Maranhão.

Resultados de 2021, segundo relatório

A companhia teve um lucro líquido recorde em 2021, superando pela primeira vez a marca de 1 bilhão de reais, em meio à produtividade histórica na soja e alta nos preços.

O resultado atingiu 1,131 bilhão de reais, com crescimento 153,3% em relação a 2020. A margem líquida também foi recorde, 25,9%, com aumento de 13,2 pontos.

A dívida líquida ajustada da companhia encerrou o ano de 2021 em 2,4 bilhões de reais, apresentando um aumento 1,7 bilhão em relação ao fechamento de 2020, com impacto principalmente do aumento na necessidade de capital de giro oriunda do volume de pagamentos dos insumos agrícolas da safra 2021/22 e a liquidação total do endividamento da Terra Santa Agro.

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