Robô de ordenha faz controle reprodutivo de vacas

Além da ordenha robotizada, equipamento agrega benefícios também ao sistema reprodutivo; “Só falta o sistema inseminar por nós”

A introdução de robôs na fazenda tem por finalidade automatizar a ordenha e quanto mais robusta a tecnologia, mais benefícios ela traz ao produtor, podendo inclusive mudar o gerenciamento interno da fazenda. Um exemplo disso é o T4C – Time For Cows, software de gestão dos robôs Lely, empresa referência no mundo em soluções em automação para a atividade leiteira.

O programa de gerenciamento do robô de ordenha fornece informações abrangentes, permitindo que o produtor tome, antecipadamente, as melhores decisões de gerenciamento. “Graças ao robô o produtor coleta uma grande quantidade de dados sobre leite, comportamento e, portanto, sobre a saúde das vacas”, explica Rafael Cunha, Consultor do FMS Lely (Farm Managemente Support).

Os dados do T4C são transformados em informação pelo programa de gestão do Lely Astronaut, de uma maneira que o torna um operador único no negócio de laticínios. A versão mais recente do software fornece informações combinadas, garantindo uma apresentação de dados mais amigável.

T4C: resultados comprovados na prática

Quando se pensa em ordenha robotizada, logo vem em mente questões clássicas, como mão-de-obra para a ordenha, número de ordenhas/vaca/dia e controle da produção e da qualidade do leite. Poucos pensam em melhorar a reprodução. E é aí que o sistema Lely T4C surpreende.

“Com o Lely T4C não é só a ordenha robotizada que temos, mas com benefícios na reprodução. Só falta o sistema inseminar por nós”. É assim que Marcelo Cassoli, proprietário da Fazenda Capetinga (MG), descreve sua experiência com o software da empresa holandesa.

Com poucos meses de uso na Fazenda Capetinga, o sistema já apresentou resultados suficientes para alterar as antigas rotinas do manejo reprodutivo. E com a vantagem de não necessitar de nenhum acessório adicional ou reagentes caros; pelo contrário, executado dentro do pacote padrão do Astronaut A5, com simplicidade e eficácia, adequando-se à rotina operacional e ao modo de gestão “Lean” da propriedade.

O sistema de detecção de cios do T4C não se baseia somente na taxa de atividade do animal para o diagnóstico: ele também utiliza a taxa de ruminação, por exemplo, dentre outros dados individuais. A frequência de recepção e análise dos dados de cada animal é “on time”, automática, não dependendo de amostras programadas de leite, de visitas ao robô ou outros procedimentos específicos. Tudo é recebido a todo o tempo por uma antena central, 24 horas por dia, 365 dias ao ano, mesmo em vacas secas ou da recria.

O T4C trata os dados e os transforma em informações úteis, baseadas na gestão por exceção, produzindo relatórios sempre atualizados dos animais que necessitam de atenção.

Um programa reprodutivo eficaz se constrói com informações integradas, como nutrição, manejo, sanidade e conforto animal

“A informação mais valiosa não é qual vaca está gestante, mas, sim, qual vaca está dando cio, qual é a melhor hora de inseminar com base no início do cio, qual o intervalo entre os cios, qual o intervalo do parto ao primeiro cio, qual animal não está ciclando e qual gestante apresentou cio. Todas essas informações essenciais de reprodução estão presentes no sistema de ordenha robotizada Lely, fora os indicadores usuais de desempenho reprodutivo do rebanho, como taxa de concepção, taxa de serviço, taxa de prenhez aos 21 dias, abortos, entre outros”, explica Marcelo Cassoli.

Para o proprietário, com um sistema tão rápido e preciso de detecção e análise de cios, a Fazenda já mudou totalmente o seu manejo de inseminação, dispensando praticamente o uso de protocolos de sincronização e eliminando outras ferramentas acessórias, como marcação de animais (chalk e adesivos). Também apresentou melhora nas taxas de serviço e de concepção. “Essas práticas ocorrem também na recria, nas novilhas em fase reprodutiva, com resultados excelentes”, salienta.

Atualmente, a Fazenda se prepara para eliminar a reconfirmação da prenhez aos 60 e 180 dias, utilizando o sistema de “autoprenhez” do próprio T4C, poupando manejos e tempo no toque reprodutivo. Desta forma, irão para o toque reprodutivo apenas animais com 27 a 30 dias da Inseminação Artificial (IA), abertos sem cio, com cios irregulares, e gestantes que deram cio.

“Exames pós-parto também são simplificados, como testes de cetose ou ginecológico para verificação de metrites. Isto porque temos a atividade ruminal, relação gordura/proteína do leite, produção de leite, alimentação no robô e temperatura monitoradas todos os dias. Sabemos precisamente quais animais não iniciaram a lactação logo após o parto e damos atenção apenas a estes indivíduos, não estendendo mais os exames a todas as vacas recém paridas, como antigamente”, detalha Cassoli, que setencia: “Utilizando o sistema Lely T4C e o Astronaut A5, fica claro para nós que controle reprodutivo eficaz em robô de ordenha não é inovação: é obrigação”.

Módulo de reprodução T4C

Produção, saúde e reprodução são os principais parâmetros que afetam o desempenho geral do rebanho em fazendas leiteiras. A adição de um módulo de reprodução no sistema de gerenciamento Lely T4C permite que a empresa apresente ao produtor uma ferramenta fácil de gerenciar, que melhora o desempenho reprodutivo de uma forma econômica.

“Além de informações de gerenciamento sobre a reprodução, o sistema conta com funcionalidades interessantes, como registro automático de cio, detecção automática de prenhez, ferramenta de feedback de inseminação e previsão do momento do parto”, completa Rafael Cunha.

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