SLCE3 tem prejuízo de R$ 78 mi no 3º tri, prevê área maior para soja e milho

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) ajustado somou R$ 377,8 milhões, avanço de 14,3% no comparativo anual.

A SLC Agrícola (SLCE3) reportou na sexta-feira prejuízo líquido de R$ 78,3 milhões para o terceiro trimestre, ante lucro de R$ 114 milhões um ano antes, refletindo produtividade menor do algodão e do milho na última temporada, além de maior despesa financeira.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 377,8 milhões, avanço de 14,3% no comparativo anual.

“As culturas do algodão e do milho (2021/22) foram impactadas por intempéries climáticas, finalizando a safra com queda de produtividade em relação ao projeto inicial”, disse a companhia no relatório.

O cereal teve produtividade 18,8% abaixo da expectativa, enquanto a pluma de segunda safra chegou a perder 27,8% ante a previsão da empresa.

Segundo a SLC, as perdas foram causadas pelo déficit hídrico, que começou em março em parte dos Estados da Bahia e do Mato Grosso. Além disso, houve baixas temperaturas atípicas para região, inclusive com formação de geada em Mato Grosso em maio, o que prejudicou o desenvolvimento das plantas.

Já para a nova temporada, de 2022/23, a companhia prevê aumento de 4,1% para a produtividade da soja, a 3.918 quilos por hectare –cultura que é carro-chefe para a SLC. A área de plantio da oleaginosa (comercial e semente) deve crescer 4,4%, para 349.716 hectares e cerca de 38% já foram semeados.

“A condições climáticas foram normais para este início do ciclo e, assim, obtivemos uma boa janela de plantio que dá condições para um alto potencial produtivo para as lavouras. A perspectiva do regime de chuvas para o Centro-Oeste e Nordeste são boas, com alta probabilidade de La Niña (evento climático).”

Assim, a previsão é de recuperação para o algodão, com rendimentos 3% maiores na primeira safra e 1,9% na “safrinha”. Para o milho, o ganho esperado é mais modesto, de 0,4%, para 7.685 quilos por hectare.

A área total da pluma é estimada em 171.114 hectares, recuo de 3,3% ante o ciclo anterior. Para o cereal de segunda safra, a SLC pretende elevar em 6,7% o plantio, a 129.830 hectares.

Devido à redução na área de feijão mungo e fim do contrato de arrendamento de 7 mil hectares da Fazenda Guapirama, a área total da SLC deve cair 0,6% em 2022/23, a 667.885 hectares.

Hedge

A SLC disse que todo o pacote de insumos para a temporada atual já foi comprado, entre fertilizantes, defensivos e sementes, “com um bom patamar de custos” apesar de um aumento médio de 20,2%.

“Esse aumento do custo por hectare reflete principalmente o incremento dos preços dos nossos principais insumos. A desvalorização do real frente ao dólar também é outro fator importante que impacta nossos custos, assim como a inflação”.

Nas vendas, a empresa disse que tem fixados 57,9% do algodão a ser produzido na safra 2022/23, vendido com preço de 91,01 centavos por libra-peso.

“No caso da soja temos hedgeado 59% da produção de 2022/23, com preço de 14,57 dólares por bushel. No milho, fixamos 51,6% da produção 2022/23 ao preço de R$ 61,75 por saca”, comentou.

Fonte: Infomoney

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