
A StoneX afirmou que as lavouras de arábica que colheram pouco em 2025/26 costumam apresentar maior vigor no ciclo seguinte.
A safra de café do Brasil 2025/26, cuja colheita está praticamente encerrada, foi estimada em 62,3 milhões de sacas de 60kg, queda de 3,4% na comparação com a previsão anterior, devido a um corte na projeção de grãos arábica, de acordo com relatório da consultoria StoneX nesta segunda-feira.
A produção de café arábica foi estimada em 36,5 milhões de sacas, corte de 5,7% na comparação com a previsão anterior, segundo a StoneX, que não alterou a projeção para os grãos canéforas (robusta/conilon).
Com as revisões, a safra total de café no maior produtor e exportador global deverá cair 5,4% na comparação com a temporada passada, apesar de um recorde na colheita de canéforas, que somou 25,8 milhões de sacas.
No caso do arábica, o clima mais uma vez afetou as produtividades, disse a StoneX, em relatório elaborado pelos analistas Fernando Maximiliano, João Pena e Carolina Giraldo.
“Desde 2020, a produção brasileira de café vem enfrentando sucessivos desafios climáticos que afetaram tanto o volume colhido quanto o potencial produtivo das lavouras”, afirmou a StoneX, citando novas avaliações de campo realizadas entre maio e julho.
A StoneX ressaltou uma seca prolongada em 2024, que afetou as floradas da safra de arábica colhida em 2025.
No caso do canéfora, a StoneX apontou um crescimento anual de 21,9% na produção brasileira. Esta variedade tem a “vantagem” do uso intensivo da irrigação, notou a consultoria.
Já a safra de arábica caiu 18,4% na comparação com o ano anterior, segundo dados da StoneX.
2026/27
Para a safra do ano que vem, a perspectiva é mais promissora, afirmou a consultoria, dizendo que chuvas entre novembro de 2024 e março de 2025 proporcionaram boa recuperação aos cafezais.
Ainda, a ocorrência de chuvas em meses mais frios ajudou as lavouras a manter o potencial produtivo.
A StoneX afirmou que as lavouras de arábica que colheram pouco em 2025/26 costumam apresentar maior vigor no ciclo seguinte.
Dentro de uma normalidade climática, os cafezais poderiam produzir mais em todas as regiões em 2026/27. Mas geadas no Cerrado Mineiro em agosto afetaram o potencial produtivo, onde perdas poderiam somar pouco mais de 400 mil sacas, segundo a consultoria.
Nas áreas de canéforas, o potencial produtivo segue elevado para a safra do ano que vem, disse a StoneX, destacando expansão de área plantada, a irrigação.
Fonte: Reuters
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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